Rio decide não antecipar segunda dose da AstraZeneca em idosos e pessoas com comorbidades

Poucas horas após o governo estadual do Rio de Janeiro anunciar a autorização para que os municípios fluminenses antecipem, se quiserem, a segunda dose da vacina da Astrazeneca contra a Covid-19, o secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, afirmou que o cronograma de vacinação para idosos a partir do 60 anos e pessoas com comorbidades segue inalterado.

De acordo com Soranz, a redução da aplicação da segunda dose para 8 semanas ao invés de 12 pode reduzir cerca de 20% da eficácia do imunizante, o que pode ser prejudicial, ainda mais em regiões do país que já registraram a presença da variante Delta, que tem dois casos confirmados no Rio. O comitê científico da cidade do Rio também avalia se haverá mudança no tempo entre as doses na parcela da população mais jovem. 

"A gente sabe que não fará isso para quem tem mais de 60 anos e para pessoas com comorbidades. Nós manteremos o intervalo de 12 semanas para ganhar na eficácia da vacina. Isso é muito importante, seguir a bula. Pode ser que a gente pense em reduzir esse intervalo para a população um pouco mais jovens", disse o secretário. "A melhor coisa para combater a variante Delta é a gente ter uma vacina com maior eficácia. Então, reduzir o intervalo nem sempre é positivo, ainda mais quando a gente fala de populações mais idosas, como é a população que vai se vacinar agora nesse período.", completou.

A cidade do Rio também pretende iniciar já em agosto o calendário de imunização dos adolescentes a partir dos 12 anos de idade. A previsão oficial, até o momento, é que esse público alvo seja imunizado na primeira metade de setembro.