'Viúva da Mega-Sena' perde direito à herança após decisão do STJ
Ex-cabeleireira mandou assassinar o marido em 2007

Uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) encerrou a disputa pela herança do ex-lavrador Renne Senna, assassinado em 2007, em Rio Bonito, após ganhar um prêmio da Mega-Sena. A corte anulou o testamento que dava metade de seu patrimônio à ex-cabeleireira Adriana Ferreira de Almeida, considerada pela justiça como a mandante do crime.
O STJ negou um recurso de Adriana e confirmou uma decisão de 2018 da 17ª Câmara Cível do Rio que determinava a anulação do testamento. A sentença estabelece que Adriana, que ficou conhecida como 'Viúva da Mega-Sena', não fique com nenhuma parte do patrimônio. Com a decisão, a filha do milionário, Renata Senna, receberá metade da herança avaliada em R$120 milhões. A outra parte será dividida com os irmãos de Renne.
A justiça concluiu que Renne teria sido manipulado a fazer alterações no testamento por Adriana, que já tinha um plano para matá-lo. Com a anulação, passa a ser reconhecido o testamento anterior, onde a filha e os irmãos são beneficiados.
O assassinato ocorreu em 7 de janeiro de 2007. Adriana teria encomendado a morte do marido após ele ter descoberto uma traição e ter ameaçado retirá-la do testamento. Em 2016, ela foi condenada a 20 anos de prisão pelo crime e em 2018, 11 anos após a morte de Renne, foi presa em Tanguá.