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Entenda os ‘mosquitinhos’ pretos que estão invadindo casas em Niterói e no Rio

Insetos chamaram a atenção dos moradores, que publicaram nas redes sociais

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 15 de maio de 2021 - 09:39
Imagem ilustrativa da imagem Entenda os ‘mosquitinhos’ pretos que estão invadindo casas em Niterói e no Rio

Moradores de Niterói e do Rio de Janeiro há alguns dias vem comentando sobre ‘mosquitos’ pretos que apareceram nas casas e estão intrigando as pessoas. Esses insetos ficaram famosos nas redes sociais por fazerem pequenas infestações nos bairros.

Apesar da dúvida dos internautas, especialistas explicaram que os bichinhos são inofensivos e estão em época de reprodução. Páginas famosas das redes sociais publicaram sobre os insetos, alcançando grandes números de compartilhamentos.

Esse pequeno inseto, é todo preto e quando morre, expele um líquido amarelo. O entomólogo do Laboratório de Entomologia da UFRJ, Marcelo Peixoto, é especializado no assunto insetos e esclareceu as dúvidas dos niteroienses e cariocas.

“Eles não apresentam riscos para a saúde. Existem alguns relatos de pessoas que dizem que já foram picadas, mas os Sciarídeos não têm peças bucais picadoras, e além disso eles se alimentam de fungos, raízes, matéria orgânica em decomposição. Provavelmente, esses relatos de picadas possam ser de outros insetos e que alguém tenha confundido”, explicou Marcelo.

“Clima quente e úmido ajuda insetos em geral a se reproduzir, e essas condições climáticas também são favoráveis para o crescimento de fungos, que são seu principal alimento. Em geral os adultos possuem vida curta, mas as larvas possuem o hábito de empupar (transformar-se no inseto) juntas, e consequentemente podem eclodir junto também, ou seja, grandes grupos de adultos sendo formados de uma só vez”, acrescentou.

Além do membro da UFRJ, Rubens Pinto de Mello, entomologista da Fiocruz, confirma que esses insetos pretos não oferecem riscos à saúde das pessoas, além disso, ressalta que a revoada pode ser justificada pela ausência de predadores. “A grande ocorrência desse inseto provavelmente se dá pela ausência de inimigos naturais. Existem mais de 200 espécies na região neotropical”,  diz Rubens.

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