Motoboys fazem protesto em Niterói por melhores condições de trabalho; Vídeo!
Categoria alega perseguição
min de leitura | Escrito por *Ana Carolina Moraes | 12 de maio de 2021 - 11:04
“Queremos trabalhar” e “não somos ladrões” essas foram as frases expostas nas mais de 80 motos na manifestação dos motoboys na manhã desta quarta-feira (12), na Alameda São Boaventura e em São Francisco, bairros de Niterói.
O objetivo da categoria é mostrar a indignação deles com relação às fiscalizações diárias de agentes da Guarda Municipal e da Niterói Transporte e Trânsito (Nittrans), que, segundo eles, tem sido fortes formas de prejudicar e punir os motoboys. A categoria se sente perseguida e acredita que está sendo impedida de trabalhar.
“Quando Niterói e São Gonçalo estavam no meio da pandemia, as linhas de frente eram os motoboys que ficaram trabalhando mesmo com os shoppings fechados. Nessa época, não éramos perseguidos como estamos sendo hoje. O prefeito Axel Grael colocou a guarda, que deveria estar cuidando do patrimônio público, para controlar a gente. Eles estão fazendo de tudo para apreender as motos que usamos para trabalhar, fazem ronda e nos abordam também durante o horário de serviço. Ninguém aqui está contra a Guarda ou a Polícia Militar, ou até mesmo contra as apreensões irregulares, na verdade, estamos contra a atitude do prefeito, que vem perseguindo mesmo aqueles da categoria que tem tudo regularizado, como eu. Não desrespeitamos nenhuma autoridade e entendemos que a Guarda Municipal recebe ordens da Prefeitura, mas queremos trabalhar. Estamos trabalhando justamente e, mesmo assim, muita gente toma multa por causa das câmeras de segurança das ruas. Todos acabam pagando por atitudes de uma pessoa errada”, contou Leonardo Pereira, de 35 anos, que tem dois filhos e uma esposa grávida e trabalha como motoboy há mais de 10 anos.
Segundo os motoboys, agentes do Programa Niterói Presente estão fazendo ronda e parando diversos da categoria enquanto eles estão com pedidos de entrega de comida e isso acaba atrasando todo o dia de trabalho. “Eles só param moto, alegando que bandidos usam moto, mas e aqueles que estão de carro? Esses podem? Eles querem desempregar pais de família, se o Grael tiver um emprego pra gente aí tudo bem, largo minha moto e trabalho com ele, mas se não, deixa a gente trabalhar”, falou Marco Sineom, de 38 anos, que atua como motoboy há 3 anos.
O ato seguiu até as ruas da Prefeitura de Niterói, localizada no Centro do município. Junto com os motoboys, haviam guardas civis municipais e agentes do 12º BPM (Niterói) que estavam fiscalização a manifestação dos profissionais e impedindo qualquer possível atrito.