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Com aumento previsto, tarifa do metrô Rio será a mais cara do Brasil

Idec fez levantamento dos custo de passagens dos transportes sobre trilhos nas capitais

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 20 de abril de 2021 - 09:27
Veja a tabela do impacto das tarifas do sistema sobre trilhos em algumas capitais do país
Veja a tabela do impacto das tarifas do sistema sobre trilhos em algumas capitais do país -

Previsto para entrar em vigor no próximo dia 2 de maio, o aumento da tarifa do metrô do Rio de Janeiro poderá chegar a R$6,30, tornando-se a passagem mais cara de transporte sobre trilhos do Brasil, segundo levantamento realizado pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). Atualmente, a tarifa mais cara é a do Distrito Federal com valor de R$ 5,50. Porém, se o aumento previsto no MetrôRio se concretizar, a passagem do DF ficará em segundo lugar, sendo 15% mais barata que a do MetrôRio. 

Atualmente o valor da tarifa do metrô do Rio é de R$ 5,00. Por contrato, ela pode ser revista anualmente. Em março deste ano, a Agetransp – órgão público responsável pela regulação e fiscalização do sistema de transporte coletivo no estado –  autorizou reajuste de até 25,71% do preço da passagem. O novo valor era para ter entrado em vigor no início de abril, mas foi adiado a fim de que o poder público e a empresa que opera o sistema pudessem ter mais tempo para chegar a um acordo que resulte em um reajuste menor. 

De acordo com os cálculos feitos pelo Idec, o novo valor da tarifa do metrô vai comprometer 27% da renda do trabalhador que ganha um salário mínimo (R$ 1.045,00), resultado do pagamento de 44 passagens mensais. No país, o valor médio das tarifas praticadas no sistema sobre trilhos é de R$ 4,05, o que significa o comprometimento médio de 17% de valor de um salário mínimo.

"Nós nos reunimos com representantes da Setrans [Secretaria de Estado de Transportes] do Rio para debater outras formas de pagar os custos do sistema de transportes, que não seja só a tarifa paga pelo usuário. Mas o Estado do Rio de Janeiro tem uma situação fiscal que dificulta a busca de novas receitas para financiar as tarifas no curto prazo, porque tudo precisa ser aprovado por um comitê de recuperação fiscal. Esperamos que ao menos um acordo semelhante ao que foi feito com a Supervia seja possível em relação ao metrô", explicou o coordenador do programa de Mobilidade Urbana do Idec, Rafael Calabria.  

Em fevereiro, após uma grande mobilização do Idec, da Casa Fluminense, entidades estudantis e sindicatos, foi possível diminuir o impacto do aumento previsto para a passagem dos trens da Supervia. Isso porque, inicialmente, a tarifa subiria de R$ 4,70 para R$ 5,90, mas acabou reajustada para R$ 5,00. 

Vale destacar que, mesmo tendo sido menor o aumento da Supervia, se o trabalhador só utilizar esses trens para se locomover, ele terá 21% do salário mínimo comprometido todo mês com transporte. 

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