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Coletivo de Mulheres precisa de doações para manter 'mercadinho solidário' em SG

O grupo ajuda cerca de 150 famílias atualmente

relogio min de leitura | Escrito por Ana Carolina Moraes | 16 de abril de 2021 - 09:27
O coletivo atua na comunidade conhecida como Parada São Jorge, no Sacramento
O coletivo atua na comunidade conhecida como Parada São Jorge, no Sacramento -

A pandemia do novo coronavírus trouxe diversos desafios para a população mundial em 2020. No entanto, sem dúvida, os que mais sofreram foram as famílias que ganhavam menos renda e passaram a ter que lidar com a alta no preço dos produtos alimentícios e com o desemprego. Pensando nisso, um grupo de mulheres da Parada São Jorge, no bairro do Sacramento, em São Gonçalo, resolveu se unir com o objetivo de ajudar cerca de 150 famílias da comunidade que estavam passando necessidade. Em março de 2020, o Coletivo Mulheres da Parada começou a realizar ações buscando beneficiar esse grupo mais vulnerável diante da pandemia e, em maio de 2020, elas criaram o Mercadinho Solidário na comunidade. 

Hoje, cerca de quase 20 mulheres integram o grupo que visa o bem-estar do próximo. "O nome Mulheres da Parada tem duplo sentido, já que, para além da Parada São Jorge, remete também à parada obrigatória, trabalhando com diversos sentidos da palavra parada. Nós surgimos em março de 2020, no início da pandemia, e começamos arrecadando alimentos para o pessoal da comunidade que víamos afetados com a crise sanitária. Depois disso, conseguimos ser beneficiados com um edital que dava R$2.500 para realizar ações como a distribuição de insumos e ajudar as crianças daqui a imprimirem seus exercícios escolares, para que não parassem de estudar, e assim foi feito. Depois disso, no entanto, começamos a ver que a maior necessidade e preocupação dos moradores daqui era a questão da alimentação e, então, em abril, comecei a mobilizar amigos, vizinhos e familiares para comprar alimentos para criar uma cesta básica que pudéssemos distribuir para essas pessoas que precisavam. Junto com as cestas, demos também água sanitária, máscaras e álcool em gel. Nesse momento da entrega, eu via como as pessoas ficavam felizes com a nossa ação e resolvi que queria fazer isso mais vezes", contou Letícia da Hora, de 33 anos, uma das fundadoras do coletivo Mulheres da Parada. 

O grupo passou a realizar vaquinhas para conseguir montar cestas básicas com os produtos de necessidade para a alimentação das famílias. Até que, em maio de 2020, elas resolveram criar o Mercadinho Solidário, onde a família se cadastra e pode ir até o local pegar o alimento que precisar. "Com a distribuição da cesta básica, as famílias não conseguiam se sustentar nem um mês completo e eram os mesmos produtos para todos, não havia uma personalização de quais eram as maiores necessidades de uma família, de quantas pessoas aquela família tinha, eram os mesmos produtos e quantidades para todos. Por isso, o mercadinho é mais fácil, já que as pessoas escolhem os alimentos e a quantidade que precisam de acordo com o número de familiares que possuem", contou a publicitária de 33 anos.

As mulheres ajudam famílias que possuem poucas condições na pandemia
As mulheres ajudam famílias que possuem poucas condições na pandemia |  Foto: Arquivo Pessoal
 

Hoje, o mercadinho solidário continua funcionando, mas, para ajudar as diversas famílias, ele precisa de doações constantes, seja na forma financeira (através da vaquinha ou pix) ou através de doações de alimentos não-perecíveis. O mercadinho vai continuar funcionando até que se normalize a pandemia e a crise financeira atual que faz com que os alimentos necessários para a sobrevivência se tornem caros. "A gente gasta uns R$80 por família, então, ao todo, no mercadinho, gastamos R$ 12 mil por mês, por isso, as doações são importantes", contou Letícia.

Hoje, a publicitária dá um conselho para aquelas pessoas que querem ajudar outras que precisam em suas comunidades assim como ela fez. "Se a gente conseguiu fazer, com a boa vontade e mobilização de outras mulheres, outros também conseguem, porque o nosso coletivo não é diferente de outras comunidades. O que precisamos é amor ao próximo e mobilização, muita gente nos procura perguntando como fazer e estamos abertos para explicar. Já inspiramos um coletivo em Charitas, bairro de Niterói, a fazer mesmo e o Coletivo À Margem, no sul do país", contou ela.

O Mercadinho Solidário do coletivo Mulheres da Parada se localiza na Rua General Segadas Viana, número 96, no Sacramento, em São Gonçalo. Para ajudar entre em contato com o grupo pelo número 21 97282-4698 ou pelo Instagram @mulheresdaparada

Coletivo Mulheres da Parada - Além do Mercadinho Solidário, o coletivo também atua de forma política em sua comunidade e realiza outros projetos no local, como, por exemplo, a implementação de uma horta que visa abastecer a comunidade com produtos orgânicos e saudáveis, sem agrotóxicos. Além disso, a ideia é expandir a horta para a casa de todos do bairro para que estes possam se alimentar bem e vender o que sobrar da plantação. No entanto, tudo isso ainda é caro e precisa ser pensado a longo prazo.

Para quem quiser doar para o coletivo e para o Mercadinho Solidário basta depositar qualquer valor em um dos canais a seguir:

Pix: E-mail - mulheresdaparada@gmail.com

Picpay: @mulheresdaparada

Conta: Caixa Econômica Federal

Agência 0174

Conta 18563-8

Op 013

Letícia Santos Freitas Cpf 117010357-07

Vaquinha: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/mercadinho-solidario-mulheres-da-parada 

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