Pesquisa aponta que mulheres ganham 34% menos que os homens
Além de salários inferiores, as mulheres precisam ainda enfrentar obstáculos em certas áreas

Segundo dados de uma pesquisa salarial realizada em fevereiro deste ano pela Catho, as mulheres ganham 34% menos que os homens, apesar de ocuparem os mesmos cargos e as mesmas funções.
Além da questão de menores remunerações, as mulheres precisam ainda lidar com outros obstáculos no mercado de trabalho. O exemplo dado foi da relação entre maternidade e carreira e os desafios que surgem antes e depois da liçenca-maternidade.
A situação se tornou mais problemática com o home office em meio à pandemia, pois os cuidados envolvendo lar, atividades e filhos ficaram mais complicados. De acordo com a Pnad Contínua, do IBGE, 8,5 milhões de mulheres deixaram a força de trabalho no terceiro trimestre de 2020, ao comparar com o mesmo período em 2019.
O levantamento aponta também 30% das mulheres possuem nível superior e pós-graduação, enquanto os homens, apenas são 24%. Ainda assim, o gênero feminino continua ganhando menos: com uma qualificação um pouco menor, os homens podem ganhar até 52% a mais que as mulheres exercendo uma mesma função.
Ao mesmo tempo, o estudo revela que algumas áreas ainda são hostis à presença de mulheres. O exemplo ilustrado foi da área da tecnologia, que não apresenta o costume de contratar uma pessoa do gênero feminino, principalmente em cargos maiores de comando e liderança.
A pesquisa afirma também que há um distanciamento de homem e mulher no cenário profissional. Fatores considerados relevantes como qualificação, experiência profissional e formação não são o suficiente para a balança se tornar igualitária. Embora haja avanços, ainda há obstáculos a serem ultrapassados.