Grávida perde bebê no Hospital Azevedo Lima em Niterói

Uma grávida identificada como Brunna de Souza, de 24 anos de idade, perdeu o bebê que estava gerando, no Hospital Estadual Azevedo Lima (HEAL), no Fonseca, em Niterói. A confirmação que o bebê não estava mais vivo foi na manhã desta quarta-feira (17). Sua família acusa a unidade de negligência.

De acordo com familiares, a balconista foi internada na última sexta-feira, quando estava perdendo líquido, mas era acompanhada pelos médicos. Em visita no domingo (14), a família conversou com Brunna e o quadro da grávida era estável. Segundo os médicos, eles estavam monitorando o bebê e o líquido estava aumentando, mas por estar com 34 semanas, não poderiam fazer uma cesariana de emergência na paciente.

No entanto, na terça-feira à noite (16), Vera Lucia, mãe de Bruna, recebeu mensagem da filha dizendo que o bebê não estava se mexendo e que não estava ouvindo o batimento cardíaco da criança.

Segundo o relato de Vera, os médicos diziam que não tinham o que fazer na terça à noite, apenas na manhã de quarta. Vera e toda sua família dormiram na porta do hospital, na espera de uma ultrassonografia marcada para a manhã, com intuito de confirmar a morte do bebê.

O falecimento do bebê foi atestado e Vera Lucia comentou ao Jornal O São Gonçalo um pouco sobre a revolta da família com o hospital: “A gente não aceita, se o bebê estava bem, ela foi internada bem. Por quê não fizeram uma cesariana nela para tirar o bebê antes? Eles deixaram o bebê morrer para poder simplesmente dizer que de uma hora pra outra morreu...".

Na tarde desta quarta-feira (17), Vera revelou que os médicos tinham intenção de fazer uma cesariana na paciente e retirar o bebê já sem vida, mas a família de Brunna foi contra. Eles querem que se faça um procedimento menos invasivo.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde RJ comentou o ocorrido.

"A direção do Hospital Estadual Azevedo Lima (HEAL) informa que a paciente Brunna de Souza Marins encontra-se no centro obstétrico em procedimento de indução do parto, seguindo protocolo médico.

O procedimento é o mais adequado para evitar uma cirurgia. A paciente foi internada na unidade na última sexta-feira, dia 12/2/2021, com 34 semanas de gestação e suspeita de bolsa rota (quando a bolsa rompe antes da hora). Apesar de os exames não confirmarem a suspeita, a paciente foi mantida internada para controle diagnóstico.

O óbito do bebê foi constatado nesta quarta-feira (17/02), tendo ocorrido em função de uma condição clínica da paciente. A paciente e a família foram mantidos permanentemente informados da gravidade da situação."

*Estagiário sob supervisão de Thiago Soares