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Vacinas de Oxford produzidas no país é adiada pela Fiocruz

A previsão da entrega das primeiras doses da vacina Oxford é para março

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 19 de janeiro de 2021 - 22:13
Imagem ilustrativa da imagem Vacinas de Oxford produzidas no país é adiada pela Fiocruz

Foi anunciado que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) adiará para março a entrega das primeiras doses da vacina Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19 que serão produzidas no país, em razão de um atraso no envio de insumos vindos da China.

Nesta terça-feira (19), foi encaminhada a nova data, que está em ofício da Fiocruz, ao Ministério Público Federal (MPF). Com a mudança, é possível que a execução do plano nacional de imunização contra o novo vírus possa sofrer complicações, mesmo já sofrendo incertezas quanto à importação dos insumos para a produção da Coronavac.

O acompanhamento das estratégias dos imunizantes contra a doença está sendo apuradas pelo MPF desde dezembro. De acordo com informações, o órgão teria encaminhado um ofício à presidência da Fiocruz com perguntas sobre o cronograma de entrega tanto dos 2 milhões de doses prontas que vão ser importadas da Índia, quanto da quantidade que serão fabricadas pelo Fiocruz. Em resposta, o órgão diz que o primeiro lote de IFA tem chegada prevista para o dia 23 de janeiro, ressaltando que as primeiras doses produzidas com essa matéria-prima terão que ser entregues ao Ministério da Saúde apenas no começo do mês de março.

A explicação dada pela Fiocruz foi que há uma necessidade de mais de um mês para o fornecimento das doses em razão do tempo de produção da vacina a partir do IFA. As doses fabricadas no país deverão passar por testes de qualidade que podem demorar cerca de vinte dias. Segundo a Fiocruz, a linha de envase já está preparada para entrar em funcionamento a partir da chegada do IFA, e diz sobre uma segunda linha que entrará em março. A razão pelo qual se deve o atraso do envio das IFA é devido a um bloqueio do governo chinês na exportação de insumos para a produção de imunizantes.

No ofício a Fiocruz anuncia:

“Estima-se que as primeiras doses da vacina sejam disponibilizadas ao Ministério da Saúde em início de março de 2021, partindo da premissa de que o produto final e o IFA apresentarão resultados de controle de qualidade satisfatórios, inclusive pelo INCQS (Instituto Nacional de Controle da Qualidade em Saúde).

Importa mencionar que o período de testes, relativos ao controle de qualidade, está estimado em 17 dias, contados da finalização da respectiva etapa produtiva, acrescidos de mais 2 dias de análise pelo INCQS.

O documento deixa claro, portanto, que, se o IFA não chegar em janeiro ou se os insumos ou produtos finais não passarem nos testes de qualidade, esse prazo de entrega pode ser esticado ainda mais.

A promessa anterior, feita pela fundação no fim de dezembro, era entregar o primeiro lote de vacinas produzidas no Brasil na semana do dia 8 de fevereiro. Seriam 1 milhão de doses distribuídas entre os dias 8 e 12 de fevereiro. A partir de 22 de fevereiro, a fundação entregaria 700 mil doses diariamente. Pela estimativa anterior, portanto, o Brasil teria ao menos 5,9 milhões de doses garantidas para o mês que vem. A fundação prometia ainda entregar 100,4 milhões de doses até o fim do primeiro semestre.

O ofício também traz a informação de que os lotes de insumos serão entregues de forma escalonada, a cada duas semanas, num total de 30 remessas com insumos suficientes para a produção dos 100,4 milhões de doses. “A chegada do primeiro lote do IFA está prevista para o dia 23/01/2021, mas ainda aguardando confirmação, e, a partir desta data, serão entregues mais 30 (trinta) lotes, em intervalos de 2 semanas, resultando na quantidade suficiente para a produção de 100,4 milhões de doses da vacina acabada”.

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