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Ex-mendigo já cumpriu pena por extorsão e sequestro

Givaldo está em liberdade desde abril de 2013

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 23 de maio de 2022 - 12:36
Givaldo Alves de Souza
Givaldo Alves de Souza -

O ex-morador de rua Givaldo Alves de Souza, que ganhou fama e tornou-se influenciador após ser flagrado mantendo relações sexuais com uma mulher casada em um carro, em Planaltina, Distrito Federal, cumpriu oito anos de prisão por extorsão mediante sequestro, em julho de 2004.

Givaldo já possuía passagem por furto e só deixou a cadeia em abril de 2013. Na semana passada, ele comentou a prisão, atribuindo o incidente à influência de amizades e afirmando que está arrependido e não voltou a se envolver com ‘coisas erradas’.

“Esse tempo depois que eu saí da prisão não tem sido fácil, mas eu tenho me esforçado demais, e tenho conseguido. Tanto que não me envolvi com coisas erradas. E isso já faz quase dez anos. Para mim, cada ano é uma vitória. É como diz um ditado: quem se junta com porco, farelo come. Naquele momento de um convite, você jamais vai pensar que vai chegar a um desastre. Só quando realmente acontece... Eu tenho essa experiência para falar para vocês.”, relatou o ex-sem-teto.

De acordo com o auto do processo do sequestro, Givaldo foi preso em flagrante em São Paulo, no dia 1º de julho de 2004, após invadir uma casa, sequestrar seu proprietário e cobrar pelo resgate. Ele foi condenado a 17 anos de prisão e encaminhado a Penitenciária de Flórida Paulista, a 600 km da capital.

Contudo, a Justiça reverteu a setença para a pena mínima de oito anos, em 2013, constatando que não haviam “qualificadores” para o crime, como, por exemplo, quando se faz parte de uma quadrilha. Com isso, Givlado, que já havia cumprido sua pena, recebeu o alvará de soltura no dia 18 de abril daquele ano.

Os registros da Justiça de São Paulo mostram que o ex-morador de rua também respondeu por um furto cometido em novembro de 2000, sendo condenado a mais dois anos de prisão em 2005, quando já cumpria pena pelo sequestro. A sentença levou em conta o uso de chave falsa e a participação de mais pessoas no ato criminoso como agravente.

Nos processos em que Givaldo foi réu é possível identificar pelo menos três números de Registro Geral (RG) atribuídos a ele. Pelo nome dos pais do ex-morador de rua, que é natural de Pilão Arcado, Bahia, é possível constatar que se trata da mesma pessoa.

No vídeo divulgado na última sexta-feira, o ex-mendigo, atribuíu o período em que esteve nas ruas de Planaltina à falta de oportunidade de trabalho por conta de seus antecedentes criminais e fez um apelo aos empregadores.

“Tenho batido em muitas portas e sei da dificuldade. Quando for alguém em suas empresas e pedir um trabalho, quando fazem a ficha e puxam CPF e veem que a pessoa já errou, se vocês não derem oportunidade, como o cara vai ser reintegrado socialmente? Como vai ser ressocializado? Ele ficou sem apoio. Como vai viver? Quando tinha errado, ele estava trancado, o Estado manda comida. É oprimido, mas mantém ele com vida. Quando em sociedade, ele precisa do apoio dos senhores.”, explicou Givaldo.

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