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A crueldade por trás dos canis clandestinos

Grupo de pesquisa de direito ambiental

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 18 de fevereiro de 2020 - 11:06

Sabem aqueles animais fofinhos que vemos sendo anunciados na internet ou até mesmo em alguns pet shops pela rua? Você sabe a origem daquele animal? Sabe o que ele passou para estar ali sendo vendido? E o principal: sabe como está a matriz (forma como é chama a cadela que reproduz os filhotes a serem vendidos)?

Que os cachorros são os melhores amigos do homem todos já sabem, mas é de suma importância que se saiba a procedência de onde vem aquele animal.

A venda de animais vem crescendo a cada ano. Mas, infelizmente, existem muitos canis clandestinos que visam somente o lucro e não se importam com o bem-estar do animal que está sendo comercializado. Os animais, principalmente os adultos, são criados não para serem vendidos, mas para se reproduzirem e dar lucros, e vivem em condições insalubres e são forçados a procriar no limite de suas forças.

No Brasil, por lei, é exigido que todo criadouro comercial tenha uma licença e um veterinário responsável, porém, na prática a maioria trabalha sem uma coisa e nem outra.

Os bons e os maus criadores de cães podem ser identificados antes mesmo do nascimento de um filhote. Os melhores profissionais gastam pesado na compra de matrizes e padreadores – os casais que darão origem à linhagem. Investem ainda na aplicação de testes genéticos destinados a manter a pureza da linhagem e em alimentação e medicamentos de qualidade. Já os maus criadores estão mais preocupados com o tamanho da ninhada e a quantidade de reproduções que podem obter de uma matriz.

O presidente da Associação Brasileira de Medicina Veterinária Legal, Sérvio Túlio Reis, afirma: “esse tipo irresponsável de produtor está interessado apenas em produzir filhotes de raças que estejam em alta e ganhar o máximo de dinheiro com isso. O comprador não faz ideia do que acontece nos bastidores”.

A diferença de cuidados costuma ter maior reflexo no valor pago por esses animais. A venda por sites não é sinônimo de problema, mas quando há uma diferença brutal de preço pode ser que haja falta de qualidade do criadouro. Além do mais, é importante frisar que canis clandestinos também abastecem pet shops, ou seja, aquele animal adorável de lacinho visto em algumas lojas, pode ter passado por maus tratos antes de estar ali.

Portanto, antes de adquirir um animal investigue sempre de onde ele vem, como foi tratado, se vem de um canil legalizado. E, principalmente, não se esqueça que existem milhares de animais na fila de adoção sonhando por um lar para dar todo seu amor.

PROJETO DE PESQUISA - PESQUISANDO E FALANDO DE MEIO AMBIENTE. ROGÉRIO TRAVASSOS – Advogado, especialista em Direito Privado e Direito Ambiental. Professor Universitário com dedicação exclusiva a Universidade Salgado de Oliveira. Sócio e Advogado da Empresa de Consultoria AMBIENTE E TAL, em colaboração com a aluna LAYSA WERNECK ALMEIDA do Curso de Direito da Universidade Salgado de Oliveira, Campus Niterói - COORDENAÇÃO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA DE NITERÓI.

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