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Ratos VS Gambás

Projeto de pesquisa de direito ambiental

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 13 de fevereiro de 2020 - 16:30

Você, provavelmente, já viu ou já ouviu algum conhecido falar sobre a aparição de gambás em sua casa. Porém, o que ocorre frequentemente é a associação dos gambás à ratos. A associação desses animais é extremamente incorreta, visto que os gambás (também conhecidos como timbu) não são nem primos dos ratos, mas sim do canguru, pois são animais marsupiais. O nome "marsupial"; vem do latim marsupiu, que significa pequena bolsa, e está relacionado à presença de uma bolsa de pele, conhecida como marsúpio, que fica no ventre da fêmea.

Ao contrário do roedor que transmite tantas doenças graves (inclusive a leptospirose), o gambá tem função importante na natureza, pois se alimenta de frutos e dissemina sementes não só nas fezes, como as que foram despolpadas, com isso, as plantas germinam, e a vegetação se recompõe.

O timbu é um animal sinatrópico, pois se adaptou à vida da cidade, e aprendeu a conviver com o ambiente urbano. O gambá come frutas como mangas, jambo e sapotis. É onívoro, e, portanto, se alimenta, também, de bichinhos menores. Na cidade, aprendeu a mexer até no lixo, em busca de comida.

Acredita-se, inclusive, que esse seja o motivo dele ser confundido com os ratos. Vale ressaltar que ele é bravo, quando se sente ameaçado, iça os pelos, abre a boca e faz um barulho, para intimidar o agressor. Porém, é sua forma de defesa, não é um animal violento, que parte para o ataque.

Não é recomendável acuar o animal, o ideal é que ele encontre o caminho para fuga. Por hábito, o gambá pode procurar um canto mais escuro, para se esconder e quando escurecer sair com maior facilidade e segurança, por enxergar melhor no escuro e ter hábitos noturnos.

De outubro a maio, acontece a reprodução dos gambás. Consequentemente, acontece nessa época, o número de atropelamentos, e, muitas vezes, ataques de humanos que os confundem com ratos. As fêmeas, por estarem com filhotes, tornam-se mais lentas e se arriscam mais à procura de alimentos o que faz com que se tornem mais susceptíveis.

De acordo com o exposto, é de suma importância informar que agredir e/ou matar gambás, além de uma extrema crueldade, é crime ambiental, de acordo com a Lei de Crimes Ambientais.

PROJETO DE PESQUISA - PESQUISANDO E FALANDO DE MEIO AMBIENTE.

ROGÉRIO TRAVASSOS – Advogado, especialista em Direito Privado e Direito Ambiental. Professor Universitário com dedicação exclusiva a Universidade Salgado de Oliveira. Sócio e Advogado da Empresa de Consultoria AMBIENTE E TAL, em colaboração com a aluna LAYSA WERNECK ALMEIDA do Curso de Direito da Universidade Salgado de Oliveira, Campus Niterói - COORDENAÇÃO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA DE NITERÓI.

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