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O lado oculto do turismo animal

Grupo de Pesquisa de Direito Ambiental

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 27 de outubro de 2019 - 13:58

Quem nunca viu nas redes sociais fotos de viagens incríveis, de pessoas com animais silvestres como se fosse algo muito fofo e alegre? O que muita gente não sabe – ou simplesmente não se importa – é que por trás dessas fotos existe uma vida muito sofrida, de extrema crueldade desses animais.

Muitos turistas são atraídos pela curiosidade de poder tocar ou, pelo menos, estar próximo a um animal silvestre.

Algumas atrações turísticas são mais comuns de vermos, como tirar fotos com tigres, passear com leões, andar em elefantes e a apresentação de golfinhos. Porém, sejamos sinceros, já pararam para pensar que de forma alguma isso é normal?

Animais silvestres (ou selvagens) são espécies de animais não domesticadas, que nascem em uma área sem ser introduzidos por seres humanos. Ou seja, não deveríamos achar comum que possamos tirar uma foto com um tigre, por exemplo. Para que seja possível essa foto (tão idolatrada pelo público nas redes sociais) além dos animais estarem dopados, eles são retirados de suas mães nas primeiras semanas de vida e são usados como

adereços para fotos durante horas e horas.

Quase como são feitos com os tigres, nos passeios com leões,  os leõezinhos são afastados de suas mães quando completam um mês de idade, e já começam a ser usados como objeto de desejo para as fotos dos turistas, que muitas vezes são orientados pelos treinadores a bater nos filhotes casos eles se comportem de forma agressiva. Quando crescem, são usados para o famoso passeio com leões, onde humanos levam o animal, na maioria das vezes de coleira, para passear pela natureza.

Nas apresentações de golfinhos, o que eles passam em prol do divertimento humano é assustador. Na maioria das vezes eles são perseguidos por barcos e a capturados com o auxílio de redes. Após serem capturados, são jogados em tanques de água tratada com cloro, que causam irritações dolorosas na pele e nos olhos dos animais.

Com os elefantes acontece bem parecido aos leões e tigres, eles são retirados de suas mães bem filhotes e são obrigados a passar por um horrível treinamento, onde são mantidos em jaulas pequenas ou presos com cordas e correntes, para que não possam se movimentar. Os treinadores utilizam ganchos pontudos ou ripas de madeira para agredir os elefantes mais agitados e estabelecer a dominância humana.

Os fatos expostos são apenas alguns exemplos das inúmeras atrações turísticas que utilizam da crueldade para lucrar. Por isso, antes de contribuir com essa prática brutal, lembre-se que os animais são seres sencientes, ou seja, eles têm capacidade emocional para sentir dor, medo, prazer, alegria e estresse, além de terem memória e, até mesmo, saudades.

PROJETO DE PESQUISA - PESQUISANDO E FALANDO DE MEIO AMBIENTE.

ROGÉRIO TRAVASSOS – Advogado, especialista em Direito Privado e Direito Ambiental. Professor Universitário com dedicação exclusiva a Universidade Salgado de Oliveira. Sócio e Advogado da Empresa de Consultoria AMBIENTE E TAL, em colaboração com a aluna LAYSA ALMEIDA do Curso de Direito da Universidade Salgado de Oliveira, Campus Niterói - COORDENAÇÃO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA

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