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Tromba d' água e Cabeça d' água

Grupo de Pesquisa de Direito Ambiental

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 14 de setembro de 2019 - 16:55

Férias, sol e calor. A combinação perfeita para reunir a família, os amigos e desfrutar de um dia na praia ou na cachoeira. Mas, alguns cuidados devem ser tomados, dentre eles à observância aos fenômenos que ocorrem na natureza e mais próximo de nós do que imaginamos. Dois destes fenômenos são a tromba d’água e a cabeça d’água. Os nomes já sugerem uma relação com a água. Utilizando uma linguagem científica, a tromba d’água é um tornado mais ameno que se forma em superfície líquida, mais comumente sobre o mar. Já em linguagem mais popular, é uma chuva intensa restrita a uma determinada região. A maioria surge de nuvens carregadas e tempestuosas acima do mar. Apesar da aparência, a tromba d’água não é tão perigosa quanto um tornado que se forma em terra e seus ventos chegam ao máximo a 80km/h, o que não permite provocar grandes destruições, porém é frequente o aparecimento de mais de uma e a quantidade as torna de fato perigosa. Estudos revelam que sua formação ocorre da seguinte forma: na maioria das vezes a nuvem que forma a tromba d'água tem imensas dimensões, podendo chegar a doze quilômetros de altura e dez de diâmetro. As corretes de ar mais quentes carregam a umidade obtida da água do mar para as camadas superiores da atmosfera. Este fenômeno, na sua maioria, não dura mais que 20 minutos, depois que chega em terra. A tromba  'água é mais perigosa no oceano do que em costas, pelo fato de elas ganharem mais força em alto mar, podendo surpreender algumas embarcações com seus ventos de quase 80km/h. No Brasil  os registros mais recorrentes constam no Sul do País. Só em Santa Catarina foi registrada a ocorrência de cerca de 23tornados e trombas d’água de 1976 a 2000 que em grande parte estavam associados normalmente à passagem de frentes frias. Já o fenômeno da cabeça d'água, esta, segundo o chefe do Laboratório de Meteorologia da Universidade Estadual do Norte Fluminense, Valdo Marques, é um fenômeno proveniente da chuva que cai em um determinado lugar, principalmente em serras, e aumenta o nível de água, podendo provocar uma enchente. Este tipo de fenômeno se forma quando há forte calor e alta umidade do ar. Pode até estar fazendo sol em alguma parte do rio, mas se na cabeceira estiver chovendo, essa água pode descer pela nascente com muita intensidade e ir arrastando tudo que vê pela frente, como foi o caso da cachoeira no Rio Soberbo, no município de Guapimirim no Rio de Janeiro. Por excelência, as cachoeiras costumam ser um ponto turístico muito procurado no período das férias e é geralmente quando mais ocorre esse tipo de fenômeno. A ausência de sinais de chuva no local não significa ausência de perigo. A cabeça d'água acontece de maneira rápida e súbita, o que faz com que normalmente não dê tempo de sair. Observar a descida repentina de galhos, folhas e água com coloração diferenciada pode ajudar na fuga de um idente que pode vir a ter consequências fatais.“FORMAM-SE MAIS TEMPESTADES EM NÓS MESMOS QUE NO AR, NA TERRA E NOS MARES.” (MARQUES DE MARICÁ) – Preserve o meio ambiente 

ROGÉRIO TRAVASSOS – Advogado, especialista em Direito Privado e Direito Ambiental. Professor Universitário com dedicação exclusiva a Universidade Salgado de Oliveira. Sócio e Advogado da Empresa de Consultoria AMBIENTE E TAL, em colaboração com alunos do Curso de Direito, da Universidade Salgado de Oliveira, Campus Niterói, PROJETO DE PESQUISA - PESQUISANDO E FALANDO DE MEIO AMBIENTE.

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