Instagram Facebook Twitter Whatsapp
Dólar R$ 5,1937 | Euro R$ 5,5292
Search

FENÔMENOS DO EL NIÑO E LA NINÃ: QUAL A DIFERENÇA ENTRE ELES?

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 11 de março de 2017 - 13:30

Muitas são as influências sofridas pelo clima. Existe uma grande variação de elementos que provocam diversas alterações. Fatores como temperatura, pressão, massas de ar, regime de chuvas, latitude, altitude, vegetação, dentre outros fenômenos, geram alterações climáticas. Alguns desses são considerados anomalias e representam alterações que provocam mudanças no sistema atmosférico em várias partes do PLANETA. Duas dessas anomalias são o El Niño e a La Nina. Um é o inverso do outro. Geralmente quando o El Niño acaba, logo em seguida surge o La Niña. É muito comum assistirmos nos noticiários informações sobre a previsão do tempo que mencionam esses fenômenos. Quase sempre se referem a eles quando explicam a razão de uma mudança repentina no clima. Tanto El Niño quanto o La Niña são expressões tiradas do espanhol (que significam “o menino” e “a menina”). Os efeitos causados por ambos não são apenas climáticos, também afetam a economia prejudicando a agricultura quando, por exemplo, chove muito em um local e menos em outro. O Enos, ou El Niño-Oscilação Sul, é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais no Oceano Pacífico Tropical. Ele resulta do aquecimento anormal das águas do Pacífico na costa litorânea do Peru, onde geralmente as águas são frias, e produz algumas massas de ar quente e úmida, que geram algumas chuvas na região de entorno com a diminuição do regime de chuvas em outras localidades, tais como a Amazônia, o Nordeste brasileiro, a Austrália, Indonésia e dentre outras regiões. No Brasil, o fenômeno também contribui para o aumento de chuvas nas regiões Sul e em partes do Sudeste e do Centro-Oeste. Sobre sua origem, não há nenhuma teoria que defina, existindo assim diversas hipóteses como erupções vulcânicas, quedas de temperatura na Ásia Central, ciclos solares e acúmulo sazonal de águas quentes no Oceano Pacífico. Registros climáticos muito antigos, históricos, arqueológicos e relatos de navegadores apontam para a sua ocorrência há mais de 500 anos. O El Niño está relacionado até mesmo à crise agrícola que ajudou na decadência da civilização Maia. Assim como o El niño, as origens do La Niña ainda são bastante controversas no meio científico. O efeito La Niña está ligado ao resfriamento das temperaturas médias das águas do Oceano Pacífico, representando exatamente o oposto do fenômeno El Niño. As águas dos oceanos que estão mais ao fundo (e mais frias) vão para a superfície e esfriam aquilo que o El Niño havia aquecido, pois é um fenômeno oceânico-atmosférico caracterizado pelo resfriamento anormal nas águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial, junto à América do Sul. Essas águas profundas sobem carregadas de nutrientes e micro-organismos que vão servir de alimento para os peixes, atraindo cardumes para as águas superficiais e favorecendo a pesca. Em geral, o fenômeno La Niña ocorre em intervalos de 2 a 7 anos, com duração de 9 a 12 meses, com alguns poucos episódios persistindo por mais que 2 anos. No Brasil não é diferente e os efeitos do La Niña e dos provocados pelo El Niño. Chuvas mais abundantes no norte e leste da Amazônia, logo consequente aumento na vazão dos rios da região, causando enchentes. No Nordeste também ocorre um aumento de chuvas, o que vem a ser benéfico para a região semiárida. Na região Sul é observada a ocorrência de secas severas e aumento das temperaturas, o que prejudica as atividades agrícolas da região. No Sudeste e Centro-Oeste, os efeitos são imprevisíveis, podendo ocorrer secas, inundações e tempestades, são exemplos do que ocorre em anos de La Niña. Os eventos climáticos anômalos do Pacífico são cíclicos, ou seja, repetem-se durante um determinado tempo, podendo manifestar-se a cada três ou até sete anos. O El Niño, no entanto, vem sendo mais comum que o La Niña em razão dos eventos climáticos globais e também da oscilação que acontece há décadas no Pacífico, um comportamento igualmente cíclico de variações das águas do maior oceano do mundo e que dura, em média, 20 anos.

“A SABEDORIA DA NATUREZA É TAL QUE NÃO PRODUZ NADA DE SUPÉRFLUO OU INÚTIL”. (NICOLAU COPÉRNICO) – Preserve o meio ambiente –

Matérias Relacionadas