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Transporte e meio ambiente, política do automóvel

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 25 de fevereiro de 2017 - 13:15

Em meados dos anos 50, influenciado pela política americana do transporte rodoviário e o petróleo como “dádiva” para tudo, embarca o Brasil neste modelo econômico, deixando de ser o transporte ferroviário o meio de transporte principal do país, instalando-se aqui, as primeiras indústrias de automóveis vindas de fora.

Com o chamado “milagre econômico” da década de 70, esta política de transportes foi acelerada e intensificada com a construção por todo o país de novas estradas e rodovias. A chegada do metrô é tardia nas grandes cidades e o investimento em transportes de massa ficou relegado ao longo dos anos a apenas projetos. 

Ao chegarmos ao ano 2000, as estradas de ferro foram abandonadas, isso sem falar em outras modalidades de transportes de qualidade para a massa populacional, que nunca chegaram ou se tornaram de péssima qualidade. As cidades cresceram muito e a população cresceu maciçamente.

Já há alguns anos no Brasil, a política nacional de transportes, basicamente, está voltada para vender automóveis com financiamentos a perder de vista, em alguns Estados da Federação, isentando o cidadão do pagamento de IPVA se o automóvel tiver um tempo maior de fabricação. 

Em um primeiro momento, a sociedade fica feliz, pois, praticamente, todos podem ter um automóvel. Ok. E onde andarão estes automóveis? Nas mesmas ruas e estradas que já existem, a maioria delas construídas na era do milagre econômico. É o caos e o colapso dos transportes. Nos últimos dez anos, a frota de veículos do país dobrou de tamanho, chegando hoje a mais de 60 milhões de unidades, gerando visível impacto nas vias urbanas das grandes cidades e em municípios de médio porte, sofrendo o cidadão com a poluição e os engarrafamentos gerados pelos veículos. Isso sem falar no problema do estacionamento. 

Construir novas vias, ruas e estradas não necessariamente reduzirão os engarrafamentos, pois, facilitando o acesso de mais automóveis, em pouco tempo as cidades apresentarão de novo sobrecarga de veículos. Já existem, é verdade, com muito atraso, em algumas cidades, como Curitiba, Recife e o Rio de Janeiro, soluções alternativas de transportes, o que favorecerá a população, diminuindo o trânsito e beneficiando o meio ambiente, mas que os efeitos só serão vistos, pelo menos, daqui há dez anos. “CONSTRUIR PODE SER TAREFA LENTA E DIFÍCIL DE ANOS. DESTRUIR PODE SER O ATO IMPULSIVO DE UM ÚNICO DIA”. (WINSTON CHURCHILL). Preserve o meio ambiente

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