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Com recorde de 68 barcos, 70ª Regata Santos Rio larga com barcos de Torben e Lars Grael entre os primeiros

O número é o recorde da história da competição superando a marca de 2000 com 55 veleiros.

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 23 de outubro de 2020 - 21:00
Veleiro Cangaceiro, vencedor de 1954, sendo homenageado no desfile
Veleiro Cangaceiro, vencedor de 1954, sendo homenageado no desfile -
Com um dia lindo de sol e ventos entre 12 até 13 nós, foi dada a largada, neste sexta-feira, em torno das 12h30, da 70ª edição da Regata Santos-Rio, a mais tradicional e difícil da Vela de Oceano brasileira. Foram 68 veleiros saindo da Baía de Santos com destino ao Rio de Janeiro. O número é o recorde da história da competição superando a marca de 2000 com 55 veleiros.
Foram necessárias quatro tentativas de largada (veleiros queimaram as demais) para que a disputa começasse de fato em busca do título da competição.
Barcos como os de Torben Grael (Rudá/CBVela, barco santista), bicampeão Olímpico em Atenas 2004 e Atlanta 1996, o Avohai, de Lars Grael, dois Bronzes Olímpicos em Atlanta 1996 e Seul 1988, o barco Crioula 29, do velejador olímpico Samuel Albrecht e baseado no Veleiros do Sul, de Porto Alegre (RS), e Iate Clube do Rio de Janeiro, o Xamã, do Yacht Club de Ilhabela (SP), campeão de 2015, e o Ventaneiro 3, do Iate Clube do Rio de Janeiro fizeram uma boa disputa nos primeiros momentos da regata.
"A largada foi bastante complicada, foram necessárias quatro largadas para valer a partida, pessoal estava muito afoito. É uma análise complicada dizer quem está bem na fita, serão 200 milhas náuticas, cerca de 340, 360 quilômetros, muita coisa irá acontecer", disse Ricardo Baggio, o Kadu, diretor de vela do Iate Clube do Rio de Janeiro e que faz parte da organização do evento junto com o Iate Clube de Santos: "Temos o barco da tripulação do Crioula que é muito experiente e boa , aguenta o tranco o tempo inteiro. O Ventaneiro que começou na frente pode vir bem. O Torben no Rudá/CBVela e o Xamã são barcos que andam muito bem, mas não conhecemos muito bem. O Xamã está fazendo pela primeira vez uma regata oceânica, barco foi reformado, esperamos que se saíam bem. Mesma coisa o Torben Grael com a tripulação mais jovem com o time da Vela Jovem da CBVela, muita gente ali fazendo pela primeira vez uma regata oceânica. Largaram muito bem eles, mas é uma regata longa e que muita coisa irá acontecer e as tripulações serão colocadas à prova. As tripulações menos experientes podem sofrer mais".
São cerca de 500 velejadores de todos os cantos do Brasil e várias medalhas olímpicas na raia. Martine Grael, Ouro na Rio-2016, está na tripulação do Blue Seal, de Santos (SP), comandada por Mario Martinez, Isabel Swan, bronze em Pequim 2008, está no Boto, de Paraty (RJ), comandado por André Sobral. Além deles, outras feras como Maurício Santa Cruz correndo no Pinguim, do Rio de Janeiro, em barco em dupla. Ele possui cinco títulos mundiais. Campeão Mundial, Samuel Gonçalves compete no barco de Torben assim como Henry Boening, proeiro de Robert Scheidt. Pedro Trouche, campeão da Star Sailors League em 2018, está no veleiro de Lars.
O barco Sexta-Feira, com turma do projeto Grael, de Niterói (RJ), acabou abandonando nos primeiros momentos. Eles haviam realizado uma vaquinha virtual em conjunto com o barco paulista Bravo que segue na disputa. São 11 membros no projeto Grael e mais um do projeto Navega São Paulo, de Praia Grande (SP). 
A previsão é que os velejadores enfrentem um contra-vento forte na região de Ilhabela (SP) que pode superar a casa dos 20 nós e chegar até os 30. A chegada será na ilha da Laje, no Rio de Janeiro.
 A regata pode ser acompanhada ao vivo pelo programa de rastreamento SPOT através do link http://app.dotshow.com.br/eventos/regatasantosrio/ .  
Os barcos disputam o título geral e das classes ORC, IRC, BRA-RGS, Clássicos, Mini 6.5 e Bico de Proa. Os veleiros Clássicos disputam a premiação La Belle Classe oferecida pelo Iate Clube de Santos em parceria com o Yacht Club de Mônaco que organiza a regata de oceano mais antiga do mundo.
Desfile de barcos e presença do Cisne-Branco
Antes da largada, em celebração à 70ª edição, foi realizado um desfile dos veleiros com homenagem especial aos 12 barcos presentes campeões da história da regata com presença do Navio-Veleiro Cisne Branco e banda da Polícia Militar agitando o público que passava pelo calçadão do Canal 7, na Ponta da Praia em Santos (SP).
Martine Grael prestigiou o evento acompanhado no Píer dos Pescadores junto com o Ministro de Minas e Energia, Bento Costa Lima, Almirante de esquadra. Em seguida, Martine foi ao seu barco assim como Bento Costa Lima que está participando da 70ª Santos-Rio pelo barco Villegagnon, da Escola Naval do Rio de Janeiro. 
Dos 12 presentes, o mais antigo campeão, o Cangaceiro, campeão de 1954, veio à Santos somente para prestigiar o desfile. O barco mais antigo a competir é o Aventura, de 1957, da Marina Bracuhy, de Angra dos Reis (RJ), reformado recentemente. 
Após a disputa da 70ª Santos-Rio será realizado o 51º Circuito Rio, na Baía de Guanabara, a partir do dia 30 de outubro até 2 de novembro, que vale como Campeonato Brasileiro da classe ORC.
 A 70ª Regata Santos-Rio tem a organização do Iate Clube de Santos em conjunto com o Iate Clube do Rio de Janeiro e conta com os apoios da Associação Brasileira de Veleiros de Oceano, a ABVO, a CBVela, e a Prefeitura de Santos.   

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