Ex-secretário municipal de Itaboraí e dirigente do Flamengo faz parte dos ‘Guardiões do Crivella’
Aleksander Santos reside em Niterói e atua na direção das relações governamentais do time

Diretor de relações institucionais do Flamengo, Aleksander Silvino dos Santos atua como elo entre o clube e as esferas do poder. Ex-secretário municipal em Itaboraí e Maricá, Santos é sócio rubro-negro e ascendeu como uma espécie de interlocutor com os gabinetes de políticos. Morador de Niterói, ocupou o cargo de secretário de trabalho, renda e indústria naval em Itaboraí, no ano de 2015. Já em Maricá, no mesmo cargo, foi réu em uma ação por improbidade administrativa, sob a acusação de fraude na contratação de serviços.
Agora, com a recente descoberta de um grupo de funcionários comissionados com dinheiro público pela Prefeitura do Rio, a fim de reprimir a apuração de denúncias pela imprensa na saúde pública, os nomes de seus participantes foram revelados, e Aleksander foi contado como membro. A equipe chamada de ‘Guardiões do Crivella’ em um aplicativo de mensagens, foi revelada através de uma reportagem da TV Globo.
Após a repercussão do caso, o prefeito Marcello Crivella enfrenta dois processos que pedem o impeachment do chefe executivo. A abertura do processo de afastamento de Crivella será votada pela Câmara dos Vereadores do Rio nesta quinta-feira (3), necessitando de 26 votos para que continue sua tramitação.
Quanto a Aleksander, este saiu do grupo nesta terça-feira (1) e segundo ele, seu número foi adicionado sem sua permissão. O dirigente do Flamengo explica que costuma ser adicionado em muito grupos há tempos, como foi o caso, mas que não fez nenhuma postagem.
Questionado sobre o que foi revelado do grupo, Santos descreve como ‘muito lamentável’ e afirma que não é funcionário da prefeitura, pois o Flamengo não pode se alinhar à política, é apartidário pelo estatuto’.
Outro personagem participante da história é o vice-presidente de estádios do Botafogo, Anderson Simões, que atualmente trabalha na gestão de Crivella como subsecretário de Planejamento e Acompanhamento de Resultados da Casa Civil. Este preferiu não se manifestar sobre o caso.
Os integrantes do grupo vêm sendo investigados sob a suspeita de formação de organização criminosa com o objetivo de práticas ilegais, entre elas a repressão à liberdade de imprensa.