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Capoterapia: uma alternativa que integra esporte e saúde na região

Moradora do bairro Apolo II lidera este projeto em São Gonçalo e Itaboraí

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 18 de fevereiro de 2020 - 17:30
Professora Adriana Peluzia lidera atividade de Capoterapia, em São Francisco, Zona Sul de Niterói
Professora Adriana Peluzia lidera atividade de Capoterapia, em São Francisco, Zona Sul de Niterói -

Por Rennan Rebello

A capoeira foi criada no Brasil pela população escravizada durante o período colonial e que com o passar do tempo ganhou adeptos em território nacional e em outros países. E esta tradicional modalidade inspirou uma técnica de terapia intitulada como capoterapia que é voltada ao público da terceira idade, que inclusive, tem praticantes na Região Metropolitana do Rio, como é o caso da maranhense e moradora do bairro Apolo II, em Itaboraí, cidade vizinha de São Gonçalo, que a assistente social, Adriana Peluzia, de 50 anos, coordena um projeto neste segmento - de maneira voluntária - a fim de levar mais qualidade de vida aos seus alunos.

"A capoterapia contempla várias ações de promoção social e da saúde da população. Conheci através de uma reportagem do 'Globo Repórter', porém, conheci esta modalidade na prática, quando fui a Belém do Pará passar uma temporada com intermédio do capoterapeuta Marcos Silva. Quando retornei ao Rio, descobri que por aqui não existia e 'recomecei'a minha vida do zero (como capoterapeuta)", disse Adriana que atualmente leciona na Associação de moradores do Apolo II e também trabalha dando aulas em São Gonçalo na ONG Superar, em Itaúna, além de estar iniciando um trabalho neste ramo no Clube Tamoio, no Centro.

A diferença entre capoeira e capoterapia, segundo a professora, se resume na adaptação dos conceitos da arte marcial brasileira como fator motivacional na atividade física realizada por seus praticantes da 'melhor idade'. "A capoterapia não é aula de capoeira e sim, uma terapia alternativa que utiliza alguns elementos da capoeira, principalmente na parte lúdica. Ou seja, não utiliza golpes de impacto mas envolve musicalidade, ritmo, dança e socialização. Além de resgatar a cultura do folclore brasileiro. Inclusive, este trabalho também pode ser realizado com deficientes físicos. Recentemente fui nomeada pelo presidente fundador da capoterapia, o mestre Gilvan, como Diretora Estadual da Capoterapia no Rio de Janeiro. E o meu objetivo é expandir para todo o Estado do Rio por acreditar muito nesse trabalho como forma de melhorar a qualidade de vida da população Principalmente o público idoso. O maior desafio no nossa país é envelhecer com saúde e autonomia A população está envelhecendo e as políticas públicas não estão acompanhando as demandas desse segmento e a capoterapia vem trazer uma ressignificação social do papel do idoso, para que eles possam viver com dignidade", explicou a tutora que faz questão de ressaltar que o conceito da capoeira pode ser aplicada a pessoas de outras faixas etárias.

"A capoterapia não é só para o público idoso, pois esta técnica foi adaptada para todas as idades, respeitando assim, as limitações físicas e psicológicas dos praticantes A modalidade é muito ampla. Existe a 'capoterapia kids' para crianças e mix para a área fitness, por exemplo", finalizou.

Para quem quiser saber mais sobre a capoterapia. Basta acessar o site:

www.capoterapia.com.br

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