Vasco recebe R$ 5,9 milhões de ex-patrocinador para pagar salários atrasados

O Vasco agora deve conseguir pagar parte do salário de seus atletas e funcionários. O clube, que há meses estava devendo seus empregados, conseguiu desbloquear R$ 5 milhões de um dinheiro que tinha com a Caixa Econômica Federal, antigo patrocinador do clube. A decisão do desbloqueio ocorreu na madrugada desta quinta-feira (06) e foi concedida pelo juiz José Monteiro Lopes, da 36ª Vara do Trabalho do Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região (TRT-1). As informações são do Lance!.

Em janeiro deste ano, foi aberta uma ação no TRT-1 para que o Vasco pagasse o salário de seus funcionários, que totalizava o valor de R$ 6 milhões na época. O juiz José Monteiro já havia condenado o clube "a pagar os salários e gratificações natalinas de seus empregados referentes ao período de novembro de 2019 em diante, parcelas vencidas até o trânsito em julgado desta decisão."

Sobre o assunto, o juiz José Monteiro comentou que o pagamento dos salários deveria ser resolvido urgentemente.

"Os direitos dos empregados do clube demandado, mais do que verossímeis, restaram evidenciados a este juízo. Cuida-se de salários, em situação de urgência, tornando-se um imperativo lógico garantir a sua satisfação. Deve prevalecer o valor maior da proteção ao direito em estado de periclitação", afirmou.

O Cruzmaltino se justificou e informou que "deixou de pagar os salários de seus funcionários, referentes aos meses de novembro e dezembro de 2019, assim como 13º salário de 2019" por conta da "grave crise financeira que assolou não somente o país mais especialmente os clubes, visto a escassez de patrocínios privados."

Depois disso, o juiz entendeu que o clube realmente estava endividado e que, para pagar os funcionários, seria necessário conseguir o dinheiro bloqueado do antigo patrocinador. No entanto, o Vasco não tinha as Certidões Negativas de Débito (CNDs) em dia, mas, mesmo assim, o valor de R$ 5.913.234,51 foi liberado para que o clube quitasse suas dívidas.

O dinheiro deve ser pago em dinheiro pelo clube e o juiz afirmou que as duas partes devem fazer o combinado ocorrer, "apresentando os cálculos que entendem devidos, com individualização do crédito de cada empregado".