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Estudante da UFF se divide entre a graduação e o esporte

Aluna de Engenharia Mecânica pratica beach handball

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 18 de julho de 2019 - 15:09
A atleta, que é moradora de São Gonçalo, foi campeã com a seleção brasileira de beach handball
A atleta, que é moradora de São Gonçalo, foi campeã com a seleção brasileira de beach handball -


Por Rennan Rebello

O bairro Bandeirantes, no terceiro distrito de São Gonçalo, está longe da praia. Mas uma moradora da localidade, Caroline Gomes, de 19 anos, costuma ter a areia como uma ferramenta de trabalho, já que ela é atleta de ‘beach handball’ além de cursar Engenharia Mecânica, na Universidade Federal Fluminense (UFF), onde também joga handebol na quadra defendendo as cores do time Dragões da UFF.

Embora esteja bastante envolvida com a modalidade esportiva, a jogadora, não tem o esporte como ‘plano A’ devido ao pouco investimento na categoria, porém, não pensa em largar o seu esporte de coração.

“O handebol de praia não é algo que dê para sobreviver e todas as meninas que jogam tem sua vida fora do handebol. Tem gente que é advogada, arquiteta e educadora física. Até porque ainda não somos olímpicos, mas ano que vem (Olimpíada no Japão) seremos um esporte apresentação, em Tóquio, e em 2024 podemos nos tornar olímpicos. Talvez isso faça o beach handball dar um passo enorme (na popularização), pois poucas pessoas ainda conhecem o esporte e não há muito investimento na modalidade”, disse Caroline.

Ela deu seus primeiros passos no handebol em uma escola no bairro vizinho de Lagoinha, em SG. “Eu jogava handebol ainda no ensino fundamental. Tínhamos uma competição entre a rede de escolas e eu estudei em um colégio franciscano, em Lagoinha, mas não era nada sério e íamos só pra jogar sem treinar”, relembrou Carol que passou a jogar com gana de ser competidora em 2015.

“Quando ingressei no Ensino Médio na Faetec (no Henrique Lage) algumas meninas do time me viram na aula de Educação Física e me chamaram pra entrar no time. No final de 2014 participei dos Jogos Escolares de Niterói (JEN) sub-15 na praia, sem nem saber que a modalidade existia e que havia tanta diferença da quadra. Acabou que ficamos em 2º lugar e fui eleita destaque da competição. Em 2015, o meu técnico na escola, que também é técnico do Niterói Rugby, me convidou para treinar lá. Eu treinava uma vez na semana e competia na categoria juvenil, só que ao final do ano eu já estava fazendo parte do time adulto, mesmo com 16 anos”, explicou.

No último domingo, Caroline que atua como lateral-direita na areia, estava defendendo a seleção brasileira e sagrou-se campeã na primeira competição em que defendeu o time ‘canarinho’. Na ocasião, as brasileiras venceram as argentinas por 14 a 11 e 18 a 10 no I Campeonato Sul-Centro Americano de Beach Handball, na Praia da Barra, na cidade de Maricá.

“(A conquista) foi emocionante! A Argentina vem crescendo muito no beach handball e esse ano a seleção (brasileira) disputou o Sul-americano, em Rosário, na Argentina e na final perdeu para elas. Portanto, ganhar dessa vez e no Brasil foi sensacional. Mas o nosso objetivo principal foi atingido que era uma vaga no Mundial do ano que vem, que acontecerá na Itália”, finalizou a ‘engenheira do handebol’.

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