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Brasileira treina categoria de base de projeto social norueguês em SG

No ano passado, ela levou as meninas para uma partida amistosa, em Oslo.

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 08 de março de 2019 - 10:10
Natane é técnica da categoria de base do Karanba, em Vista Alegre, e em junho do ano passado, teve a oportunidade de levar 'as gurias da região' para jogar uma partida amistosa antes do jogo festivo com ex-jogadores de Noruega e Brasil, em Oslo, na capital norueguesa.
Natane é técnica da categoria de base do Karanba, em Vista Alegre, e em junho do ano passado, teve a oportunidade de levar 'as gurias da região' para jogar uma partida amistosa antes do jogo festivo com ex-jogadores de Noruega e Brasil, em Oslo, na capital norueguesa. -

Por Rennan Rebello

Oito de março é uma data celebre mundialmente por ser comemorado o ‘Dia Internacional da Mulher’, que ficou marcado devido a história de centenas operárias têxtil que morreram queimadas pela polícia por reivindicarem seus direitos trabalhistas, em 1857, em Nova Iorque (EUA). E desde 1911, esta data foi instituída para relembrar o fato, que em paralelo, simboliza a luta das mulheres em busca de seu espaço perante a sociedade de cunho machista.

Em São Gonçalo, a técnica Natane Vicente, de 30 anos, que vem trilhando seu caminho através do futebol, é um exemplo disso. Ela atualmente trabalha nas categorias de base do projeto socioesportivo norueguês Karanba, com sede em território gonçalense, onde comanda dois elencos: os do meninos (de seis a 12 anos) e os das meninas (sem distinção etária).

“Eu sou de Nova Friburgo. Sai de lá em busca do meu sonho de jogar futebol. Em 2011, joguei em alguns times, como Volta Redonda e Friburguense, mas parei de jogar na Bahia. Por conta do futebol, conheci o Projeto Karanba, em 2012, onde comecei como atleta, antes de receber uma oportunidade de emprego, em 2013”, disse Natane que é graduada em Educação Física na Universidade Salgado de Oliveira (Universo).

E seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) foi ‘Meninas entrando em campo.... resultados preliminares do preconceito vivido por meninas no futebol’, que está disponibilizada no endereço eletrônico: encurtador.com.br/hpGY2.

O trabalho acadêmico teve como objetivo a sua militância por um futebol mais justo para com as mulheres.

“O meu TCC foi sobre o preconceito com o futebol feminino e elas (jogadoras do Karanba) participaram da minha pesquisa. Até hoje, converso com elas sobre tudo, por exemplo, a questão do desenvolvimento da nossa modalidade e as incentivo em estudar”, revelou a comandante, que tem duas referências profissionais. Apaixonada pelo esporte mais popular do mundo, Natane tem suas metas profissionais na carreira, como seguir trabalhando com a base, apesar de não descartar a possibilidade de treinar uma equipe profissional. Ou um time masculino, como foi o caso da treinadora portuguesa Helena Costa, que treinou o Clermont Foot Auvergne 63, da Segunda Divisão francesa, em 2014.

“Eu gosto muito de trabalhar com a categoria de base, acho extremamente importante olhar o aluno de forma integral, não somente como jogador de futebol mas sim, como cidadão. Por isso gosto de trabalhar nesta esfera, pois amo as crianças. Porém se eu tiver a chance de chegar ao um time profissional, ficarei muito honrada. E caso seja em uma equipe masculina, é uma possibilidade. Mas isto, deixo nas mãos de Deus e do destino”, comentou a professora, que tem em seu currículo uma experiência internacional: jogar uma preliminar, em junho de 2018, antes da partida entre ex-jogadores brasileiros e noruegueses, na cidade norueguesa de Oslo.

A partida principal contou com a presença de nomes como do ex-atacante Ronaldo Fenômeno.

“Foi um jogo amistoso em um evento chamado ‘Omkampen’ mas perdemos por 2 a 0 para uma escola norueguesa, na preliminar da partida entre Brasil x Noruega que foi a reedição do jogo que o Brasil perdeu para a Noruega por 2 a 1, na Copa de 98, na França (mas na festividade os brasileiros venceram por 3 a 0). Isso tudo foi uma experiência única como ir a outro pais foi algo que acrescentou muito na vida de todas nós”, finalizou Natane.

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