Jornalista se notabiliza como biógrafo de personalidades do futebol

Quando escrevo uma boa coluna (esportiva), considero como um gol de placa, mas quando lanço uma biografia, considero como um título por ser um trabalho longo e complexo”. Essa frase do escritor Marcos Eduardo Neves, de 43 anos, define sua trajetória em registrar a vida de celebridades boleiras como a de Renato Gaúcho, em 2002, e do polêmico ídolo botafoguense Heleno de Freitas, em 2006 (que inspirou o filme interpretado por Rodrigo Santoro).

“Quando li o ‘Anjo Pornográfico’, biografia de Nelson Rodrigues, escrita por Ruy Castro, que é a minha maior referência e ‘Chatô - O Rei do Brasil’, sobre Assis Chateaubriand, do Fernando Morais, decidi escrever biografias e como gosto muito de futebol, comecei a biografar personagens fantásticos desta área mas não me limito apenas a isso. Tanto que tenho 10 biografias lançadas e tem biografados que não são ligados ao esporte (como Roberto Medina, criador do Rock in Rio)”, disse o jornalista, que recentemente lançou o livro sobre o ex-jogador rubro-negro Nunes.

“O Nunes procurou o Ruy (Castro) que sugeriu meu nome e o Nunes me telefonou. E como ele queria ser biografado e eu queria escrever sobre alguém identificado com o Flamengo, juntou o útil ao agradável”, revelou Marcos, que mais uma vez, foi indicado por Ruy Castro. A primeira vez foi para escrever a biografia do ex-meia Alex, (ídolo de Coritiba, Palmeiras, Cruzeiro e Fenerbahçe, da Turquia), em 2015. O biógrafo também ressalta a importância da literatura para a construção de um futuro melhor. “Acho importante o registro de grandes histórias, principalmente para nova geração, pois é importante entender o passado no presente para vislumbrar o futuro e o livro é algo eterno para quem quer pesquisar”, finalizou.