Gonçalense é Campeão Panamericano de Kickboxing no Paraná
Mateus Pakito levou o título após um nocaute em seu adversário

O lutador Mateus Pakito, de 22 anos, que é morador do bairro Colubandê, levou o título do Campeonato Panamericano de Kickboxing após nocautear seu adversário no segundo round. A competição aconteceu entre os dias 16 e 20 de novembro, na cidade de Cascavel, no Paraná.
Com a vitória no Panamericano, Mateus Pakito se consagra como o principal lutador de Kickboxing de São Gonçalo e se torna o primeiro colocado no ranking do Estado do Rio.
Só neste ano, Pakito vem colecionando vários campeonatos. No mês passado, ele venceu a Super Fight no WGP - principal circuito de luta da América Latina.
A competição foi em São Paulo e teve transmissão do Canal Combate. E pela primeira vez, um atleta de São Gonçalo conseguiu o feito histórico de lutar nos ringues do WGP Kickboxing.
Em junho, ele também foi Campeão Brasileiro de Kickboxing, em Vitória, no Espírito Santo, na categoria de até 71kg. E em setembro, venceu a Copa Brasil de Kickboxing, em Maringá, no Sul do país.
Entre lutas amadoras e profissionais, Mateus Pakito, praticamente só coleciona vitórias. Essa última, no Panamericano, ele garantiu uma vaga pra disputar o Campeonato Mundial de Kickboxing ano que vem, na Itália.
Infância humilde e trabalho como pedreiro
Só que se engana quem pensa que ser Campeão das Américas foi fácil para o atleta. Por trás do foco e da garra, Mateus Pakito, tem uma grande história de vida, de muita luta e superação, literalmente.
De família humilde, ele mora com a esposa numa casa simples nos fundos do quintal da mãe. Costuma trabalhar como pedreiro nas horas vagas e sonha em conseguir viver da luta para ajudar os dois filhos.
O atleta também gostaria de proporcionar à família uma vida melhor, principalmente, para a mãe. Além disso, quer ter a chance de ajudar os irmãos a saírem da vida do crime.
O jovem conta ainda que quer abrir um Projeto Social, para transformar a vida de outras pessoas e cidadãos. Mas pra tudo isso, o atleta busca patrocinadores. Pessoas ou empresas que o apoiem a conquistar esses objetivos.
"Minha rotina é muito puxada, treino num lugar emprestado por amigos, às vezes, treino em dois locais diferentes, mesmo depois de um dia cansativo de trabalho na obra. Às vezes falta muita coisa. Falta dinheiro pra tudo. Até pra me alimentar de forma adequada. Já fiz até rifa pra pagar inscrição de Campeonatos e conseguir realizar meus sonhos. Tem horas que penso em desistir", afirma o lutador.
Agora, Mateus Pakito busca ajuda ou patrocínio para conseguir competir no Mundial de Kickboxing.