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La Mano de Jo

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 18 de setembro de 2017 - 22:39

Aconteceu. Até agora eu não acredito, mas de fato aconteceu. Meu Deus! Ontem a CBF, por meio do chefe da Comissão Nacional de Arbitragem, Coronel Marcos Marinho, disse que já a partir desse final de semana, o árbitro de vídeo entrará em pleno funcionamento no Brasileirão. Depois de erros e mais erros da arbitragem, o presidente da CBF Marco Polo Del Nero decidiu pela implantação do sistema, já nesse fim de semana custe o que custar.

Pra quem não tá ligado, o sistema tem nome, é o chamado VAR (Video Assistant Referee, árbitro assistente de video em inglês) que consiste no uso das diversas câmeras de televisão, para auxiliar o juiz na marcação de lances decisivos. Marcação de pênalti, expulsão de jogador, marcação de impedimento, e coisas do tipo. O sistema já foi utilizado na Copa das Confederações na Rússia, e no geral, se saiu bem. Além disso, já funciona no Campeonato Alemão, e no Italiano.

Se já estivesse em vigor desde junho, julho, quando foi testado na Rússia, uma série de erros poderiam ser evitados. E se funcionasse desde o início do ano, poderia ter corrigido alguns dos erros mais grosseiros que a arbitragem brasileira ja cometeu, porque 2017 realmente não é o ano dos apitadores. Teve gente que foi expulsa sem sofrer falta, bola na barriga que virou pênalti, impedimentos onde o jogador que estaria irregular na verdade se encontrava quase três metros atrás da bola. Os erros foram tantos, e tão bizarros, que o VAR chega tarde, mas ainda em tempo de fazer a diferença no restante da competição.

O único ponto da adoção do sistema que me deixa encucado é um: o que fez o Marco Polo aceitar colocar o esquema em funcionamento de maneira tão rápida? O gol de mão do Jo foi tão gritante assim? Se foi, por que os árbitros do jogo não sofrerão punição nenhuma? Foi porque foi contra o Vasco, e o Eurico reclamou? O poder do presidente do Vasco na CBF é tão grande assim? Afinal, ele não pediu o VAR quando a bola bateu na barriga do Renê… Aliás, o obstáculo que a CBF sempre disse que existia era o alto custo da tecnologia. Mas agora, de um dia pro outro vai funcionar, custe o que custar.

Independente de qual motivo tenha levado o presidente da CBF a tomar uma atitude tão drástica tão rápido, a verdade é que o árbitro de video soma, e muito, ao futebol nacional. Vai ajudar a tirar um pouco o peso das costas dos juízes, o que deve facilitar o trabalho, também vai deixar sem dúvidas todos que estiverem no gramado, deixando o jogo mais limpo e mais justo. O gol do Jo foi sim de mão, foi muito mal validado, prejudicou o Vasco e ajudou demais o Corinthians. Mas fez com que a tecnologia chegasse em campo. E a justiça ao jogo.

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