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O futebol ficou maluco!

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 31 de julho de 2017 - 22:54

Futebol é algo espetacular. Ele emociona, apaixona, faz sofrer, faz viver. É algo já tão presente na nossa sociedade que, muitas vezes, se alguém diz que não tem time, a gente até estranha. Eu tenho meu time, você tem o seu, e o vizinho tem o dele. E quem diz que não tem, pelo menos admite que tem uma simpatia por esse ou aquele. Mas, mesmo com esse esporte estando tão próximo da gente no dia a dia, ainda é impressionante quão fora da realidade ele é. Me explico.

A CBF tinha resolvido que clubes e federações estaduais teriam o mesmo peso em votações na entidade. Anunciou isso com pompas, prometendo que, com os clubes mais envolvidos na entidade, o futebol brasileiro iria melhorar. E depois resolveu dar peso a mais para a decisão das federações. Com isso, os times, mesmo que se juntassem todos, não conseguiriam empatar um placar de votação. Isso foi decidido numa reunião, sem os clubes, no escuro, sem aviso prévio. Obviamente, o torcedor que assiste, seja no estádio ou em casa não tem como opinar.

Além disso, o dinheiro que o futebol movimenta é algo impensável. Às vezes incompreensível. E eu não falo de salários astronômicos pagos a jogadores de qualquer nível que for. Eu falo especificamente de transferências. Ontem, o Fluminense anunciou ter vendido o atacante Richarlison para o Watford, da Inglaterra, por 12,5 milhões de euros, ou R$ 46 milhões. É uma quantia espantosa pra gente, mas no mundo do futebol é pouco se comparado aos 105 milhões de euros que o Manchester United pagou à Juventus por Pogba, ou que os 220 milhões de euros que dizem que o Paris Saint-Germain pagará por Neymar.

Eu pergunto: um jogador de futebol vale tanto assim? 220 milhões de euros são quase um bilhão de reais. Só o Neymar é quase o que pagaram pra refazer o Maracanã, o segundo estádio mais caro da Copa de 2014. Eu não digo que ele não é craque, mas eu tenho certeza que ele não vale esse dinheiro, como Pogba não valia, como Richarlison não vale. A irresponsabilidade de cartolas, seja de clubes ou federações machuca o futebol.

Meia dúzia de times que tem um absurdo de dinheiro pegam os melhores jogadores de qualquer lugar, e uma meia dúzia de federações faz o que bem entende de regras e torneios de futebol. O torcedor pode ficar feliz com um craque novo, pode até ficar contente com regras que permanecem iguais. Mas esse postura inconsequente vai matar o futebol, seja porque vai deixar os clubes sem dinheiro, seja porque vai deixar os estádios vazios. É esperar pra ver.

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