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Bial critica Bolsonaro durante seu programa na Globo: "acéfalo"

O jornalista falou sobre as atitudes de Bolsonaro na pandemia

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 17 de dezembro de 2020 - 12:08
O jornalista criticou o presidente em rede nacional
O jornalista criticou o presidente em rede nacional -

O jornalista Pedro Bial sempre destaca diversos temas em seu programa na TV Globo. Dessa vez, ele resolveu falar um pouco sobre seu posicionamento com relação ao governo do país e ao presidente Jair Bolsonaro. Em sua fala no último programa, que foi transmitido na madrugada desta quinta-feira (17), ele expôs que acha que o presidente tomou atitudes indevidas na pandemia.

"Na pandemia desse 2020 nefasto, o Brasil se destacou. Difícil encontrar desgoverno que se compare no mundo. Desde o início, nosso desgovernante tentou negar a gravidade da crise, seguiu inventando remédios falsamente milagrosos, deu os piores exemplos, sem máscara e sem noção, causou aglomeração e sabotou ministros da saúde e da educação. O inominado contribuiu de forma decisiva para que mais gente morresse. Agora, se supera, delirante, ao desprezar a única solução, a vacina", disse Bial no início de seu programa. 

Na edição do "Conversa com Bial", diversos especialistas falaram sobre o retorno às aulas durante a pandemia atual. Bial aproveitou o tema para fazer mais críticas ao governo no início da edição. "Mas acredite, isso ainda não é o pior. Como disse o próprio acéfalo que hoje ocupa o palácio do planalto, 'morrer todo mundo vai morrer mesmo', o pior é para quem tem a vida pela frente. A geração das crianças do corona ficará marcada para sempre. Aqui no Brasil, em nome da economia, forçou-se a abertura de tudo, de salões a lotéricas. Viva os shoppings, comprar é vida", disse o jornalista.

Ele ainda comparou a precariedade da educação pública e da privada no Brasil. "O imperativo de abrir as escolas, último da fila, nem sequer mencionado. Quem sabe o que um ano sem aula terá de consequência na saúde física e mental de crianças e adolescentes? Pior, alguém quer saber? Parte das escolas particulares já voltou às aulas com protocolos de distanciamento e higiene. Já a rede pública, bem, quase 40 milhões de estudantes seguem entre a precariedade total e a total interrupção do aprendizado e da proteção social", afirmou ele.

Vale lembrar que Bial já recebeu Barack Obama, o ex-presidente dos Estados Unidos, em seu programa, em novembro, e o mesmo criticou a política do Brasil. Na época, ex-governante comparou o governo Bolsonaro com o de Trump, chegou a falar de guerras bélicas entre países e questões diplomáticas da Amazônia. 

“Eu não conheço o presidente do Brasil. Eu já tinha saído quando ele assumiu o cargo. Então não quero dar uma opinião sobre alguém que não conheci. Posso dizer que, com base no que vi, as políticas dele, assim como as do Donald Trump, parecem ter minimizado a ciência da mudança climática. E o Brasil é obviamente um ator central na ação de poder ou não frear os aumentos de temperatura que podem causar uma catástrofe global", disse Obama no programa.

O ex-presidente também deixou claro que queria que Joe Biden vencesse as eleições dos EUA contra Trump, que foi o que ocorreu. "A minha esperança é que, com o novo governo de Biden, exista uma oportunidade de redefinir a relação. Sei que Joe Biden vai enfatizar que a mudança climática existe. Tanto os Estados Unidos quanto o Brasil vão desempenhar um papel de liderança. Sei que Joe Biden vai enfatizar a ciência quando se trata da existência da Covid-19. Precisamos nos mobilizar dentro no nosso país e de forma internacional para tentar dar um fim a essa pandemia. Mas, no fim das contas, os Estados Unidos e o Brasil têm muitas coisas em comum. O progresso que precisa acontecer, não só no hemisfério, mas no mundo, vai ser, em parte, determinado pela qualidade da relação entre os nossos dois países”, afirmou Barack.

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