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Evento de literatura, 'FLISGO Mulher', é atração no Partage Shopping

Atividade cultural acontece na próxima terça-feira, 10 de março, a partir das 17h

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 05 de março de 2020 - 16:34
Flisgo 2019 também aconteceu, no Partage Shopping
Flisgo 2019 também aconteceu, no Partage Shopping -

Por Rennan Rebello

O Festival Literário de São Gonçalo (FLISGO), que teve a sua primeira edição em outubro do ano passado, desta vez 'ganha' uma edição extra e especial intitulada como 'FLISGO Mulher', na próxima terça-feira (10), na sala 238, do Partage Shopping, no Centro da cidade, a partir das 17h. O evento cultural acontece neste mês que possui duas datas importantes: 8 e 21; onde se celebram os dias Internacional da Mulher e de Internacional contra a Discriminação Racial, respectivamente.

A programação da 'FLIGSO Mulher' terá diversas atividades, entre elas oficina de turbante, workshops, música, dança e apresentações teatrais.

"Essa atividade é mais uma vertente do projeto 'Acesso Cultural', do qual faço parte. A gente criou esta manifestação, em São Gonçalo, mostrando que as mulheres são importantes para a transformação social e de cidadania. Com isso, trabalhamos em várias frentes como empreendedorismo e ativismo cultural. Este evento se justifica pelo altos índices de feminicídio (assassinatos de mulheres) no Brasil e também pela grande presença feminina na FLISGO (em 2019) que participaram, planejaram e contribuíram de alguma forma conosco e também ", explica o idealizador do evento literário, Alberto Rodrigues, que também garantiu que a FLISGO, em formato de feira literária com livros a vendas e atrações do gênero, terá a sua segunda edição, em 2020, entre os dias 9 a 16 de outubro, entre os dias 9 a 16.

Para Alberto, esta iniciativa sociocultural também é uma forma de incentivar o empoderamento feminino e também uma oportunidade de debater sobre o racismo estrutural presente na sociedade brasileira.

"A 'FLISGO Mulher' acaba acontecendo também no '21 dias contra o racismo' e por isso, acabamos unindo essas duas datas, já que a mulher é uma grande vítima do racismo e do preconceito, não que os homem não sejam, mas por toda fragilidade institucional e estrutural, a mulher é mais prejudicada. Cabe dizer também que a mulher é uma grande educadora e na construção de cidadão dentro do lar, este papel de educar ainda é da mulher. Então, permitir que elas falem, é permitir que elas entendam o que é racismo estrutural, por exemplo, e toda sua conjuntura pois há pessoas que vivem o racismo diariamente e não conseguem reconhecer. Então, nosso intuito é trazer esses esclarecimentos para dar empoderamento por meio do conhecimento", contou o realizador que também revelou a reportagem de O SÃO GONÇALO sobre outras manifestações com viés artístico e ativista ocorrerão no município.

"O projeto que orquestra tudo isso é o projeto 'Acesso Cultural', como disse anteriormente, e ao longo deste anos promoveremos outras ações com esse objetivo de empoderamento, como a FLISGO, que por si só é uma ferramenta que busca dar conhecimento para a população, por meio da leitura, da comunicação e de diferentes tipos de linguagens que estão presentes neste evento", finalizou.

Datas emblemáticas - O Dia Internacional da Mulher é celebrado sempre em 8 de março, desde 1975, quando passou a ser uma data oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas), no entanto, sua origem remonta ao século XX, com diversas histórias que atestam a luta das mulheres pela igualdade dos direitos para com os homens. No Brasil, é rotineiro a associação ao incêndio ocorrido, em 25 de março de 1911, na fábrica Triangle Shirtwaist Company, que matou 146 trabalhadores (25 mulheres e 21 homens). Estas operárias que morreram, revindicavam melhores condições de trabalho e denunciavam as péssimas condições laborais que as mulheres sofriam durante a Revolução Industrial na Inglaterra.

Já os '21 dias de ativismo contra o racismo' é uma campanha virtual que faz alusão ao 21 de março, que é marcado por ser Dia Internacional pela Eliminação do Racismo, por conta de mortes de jovens negros em Sharperville, na África do Sul, em 1960.

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