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Mulheres no Samba estreia roda fixa em Niterói às sextas-feiras

Projeto reúne instrumentistas e cantoras da cidade todas as sextas-feiras no Bar do Alex, em Santa Rosa

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 05 de novembro de 2025 - 08:39
A proposta é valorizar a presença feminina no samba
A proposta é valorizar a presença feminina no samba -

O coletivo Mulheres no Samba de Niterói inicia, no dia 7 de novembro, uma nova fase de celebração e resistência no cenário musical da cidade. A partir desta data, o grupo realiza uma roda de samba semanal, sempre às sextas-feiras, no Bar do Alex, em Santa Rosa. A proposta é valorizar a presença feminina no samba e impulsionar a nova geração de artistas que vem conquistando espaço nos palcos fluminenses.

Com entrada gratuita e início às 18h, os encontros serão acústicos e colaborativos, estimulando o público a participar com contribuição voluntária durante as apresentações. A roda destaca instrumentistas e cantoras formadas em projetos sociais e de formação cultural, como a Oficina das Minas, reconhecida por fomentar o protagonismo feminino na música e ampliar oportunidades no setor.


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Espaço fixo para o samba feito por mulheres

A produtora cultural e pesquisadora Camille Siston, responsável por diversos projetos que trazem o protagonismo feminino na música aponta a importância de ter um local fixo para que as instrumentistas possam promover rodas de samba.

“Niterói é uma cidade celeiro de músicos, sempre tivemos grandes nomes que são referência nacional para o samba. Mas não temos referências femininas como instrumentais, e agora o cenário já não é mais o mesmo. É necessário que os contratantes olhem para essa mulherada que estão chegando. Isso vai para os donos dos bares e para a prefeitura. Recebam projetos protagonizados por mulheres, desta forma todos irão incentivar que novas mulheres ocupem esses espaços e façam da arte uma produção, fomentando a cadeia produtiva da cultura”, comenta a pesquisadora, autora da pesquisa que fala sobre a invisibilidade da mulher no samba, resultado da dissertação de mestrado defendida em 2021 no PPCULT/UFF.

EQUIPE

O coletivo reúne instrumentistas e cantoras de diferentes grupos da cena niteroiense, como Bárbara Guimarães (violão, Samba Que Elas Querem), Martinha (cantora, Sambariah), Clarice Maciel (pandeiro e conga, Batuque de Pife e Choro das Minas), Raquel Marques (pandeiro, Samba Trio), Jessyca Ugoline (voz e percussão, Samba Matilde), além das novas vozes Thainã Viana, Flavia Freitas, Carol Menezes, Danieli Farias, Cindy Krauser e Fernanda de Paula.

A movimentação também inspira novas formações femininas, como a Roda Clandestina, liderada por Carolina Vergara, aluna de surdo e produtora executiva do grupo. O encontro entre gerações promete fortalecer o samba produzido por mulheres e criar uma rede contínua de aprendizado, afeto e ritmo.

SERVIÇO

Roda de Samba com Mulheres no Samba de Niterói Nova Geração

Estreia: 7 de novembro (sexta)

Periodicidade: semanal

Horário: 18h às 21h

Local: Bar do Alex

Endereço: Rua. Dr. Paulo César, 297 - Santa Rosa,

Evento Gratuito com cachê colaborativo (ChaPix)

Mais sobre a CSISTON Produção Integrada

Fundada e coordenada por Camille Siston, a CSISTON Produção Integrada desenvolve projetos que unem cultura, memória e protagonismo feminino. Com experiência em produção de eventos, pesquisa acadêmica e gestão cultural, Camille atua em iniciativas que valorizam o samba, a diversidade e a ocupação de espaços públicos como forma de transformação social.

Sobre a Oficina das Minas:

A Oficina das Minas é um projeto cultural e social idealizado pela empresa CSISTON Produção Integrada, sob coordenação da produtora cultural, jornalista e pesquisador Camille Siston, que promove aulas gratuitas de percussão, violão e cavaquinho exclusivamente para mulheres, com foco em inclusão, empoderamento feminino e acesso à cultura por meio da música

A Oficina das Minas tem como um de seus principais compromissos o combate à invisibilidade da mulher no samba, utilizando a arte como ferramenta de inclusão e transformação social. Por meio da música, o projeto incorpora e promove debates sobre diversas pautas urgentes ligadas ao enfrentamento do machismo estrutural, como o combate ao etarismo, à homofobia, e à marginalização de mulheres em espaços culturais.

A iniciativa também contribui para o processo terapêutico de mulheres em situação de vulnerabilidade, especialmente aquelas em tratamento após vivências de violência doméstica, e atua na criação de um espaço acolhedor e coletivo, onde as participantes podem ressignificar suas histórias e ocupar com potência os espaços públicos e privados.

Como “Lugar de mulher é onde ela quiser” a Oficina das Minas realiza uma vez por mês o aulão coletivo, em que todas as alunas se reúnem em um espaço público e treinam as músicas praticadas em sala de aula reunindo as três modalidades, cavaco, violão e percussão.

https://oficinadasminas.com.br/

https://www.instagram.com/oficinadasminasrj/

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