Crítica OSG | Filme Bailarina, spin-off do universo de John Wick, chega às telonas
Estreia oficial será nesta quinta-feira, 5 de junho

Um spin-off daqueles! Entre os convidados pela Universal Pictures, O SÃO GONÇALO foi conferir, em primeira mão, o filme 'Bailarina'. A produção estreia oficialmente nesta quinta-feira, 5 de junho, nos cinemas de todo o Brasil.
Apesar de ter apenas 1 hora e 29 minutos, o filme Bailarina aparenta ser bem mais extenso. Isso ocorre porque, ao longo dos eventos, a história se torna complexa, permitindo que nós, como espectadores, nos envolvamos de forma intensa na trama. A obra nos faz desenvolver um afeto pela jornada da protagonista, e, na minha opinião, Ana de Armas foi uma excelente escolha para interpretar esse papel.
Bailarina é um novo filme da série John Wick, e mesmo sendo um spin-off, possui a mesma energia dos quatro longas anteriores. Sob a direção de Len Wiseman e com o roteiro de Shay Hatten, se destaca por conta própria como um filme de ação e suspense noir, sem depender da presença de John Wick.
O filme começa mostrando a propagandista ainda criança e o seu pai dançando sob o pôr do sol, com uma imagem bem amarelada, retratando quase que uma memória criada na cabeça da Eve. O que faz total sentido, já que o que move a protagonista é a dor e o luto, então era provável ela ter muito carinho por esse momento, marcado em sua memória.
Há um grande elenco e por mais que todos brilhem igualmente, não posso deixar de elogiar a Anjelica Huston e Lance Reddick (falecido em 2023), que mandaram super bem na atuação. Não sei se posso falar o mesmo do Keanu Reeves e do Norman Reedus que, como todos já sabem, entregam muito nas cenas de ação, porém no diálogo e no desenvolvimento dramático voltado à história do john wick, não se esforçam para além do ponto forte de seus personagens.
As filmagens são extremamente bem realizadas, especialmente nos momentos de ação, que conseguem provocar uma intensa sensação de empolgação nos espectadores. Isso se deve à ótima coreografia corporal nas sequências de luta. Um exemplo notável é a cena em que a personagem batalha sobre o gelo utilizando patins e uma arma. Na verdade, o longa está cheio de cenas memoráveis, e é impressionante notar o empenho em criar sequências que realmente marquem a imaginação do público. Com certeza, você se lembrará de pelo menos uma delas.
Nunca fui grande fã da ideia de transformar os personagens como John Wick, e agora também a Ana, em figuras quase imortais. Por exemplo, observamos Eve lutando com uma cidade inteira sozinha. Para mim, isso diminui a relação com a realidade da trama? Acho que não. Mas já deixei de encarar essa franquia como um retrato fiel; atualmente, ela parece muito mais próxima da fantasia. Por um lado, penso que tratar os protagonistas como super-heróis tende a agradar mais ao público em geral. Por outro, essa abordagem também gera críticas, principalmente nas redes sociais. Muitos já expressaram desconforto com o fato de a protagonista ser uma mulher; agora, imaginem vê-la realizando tudo ainda melhor que o próprio John Wick, é um prato cheio para os haters - e machistas.
De modo geral, o filme me agradou bastante e sinceramente, consegui me conectar com a protagonista e me sentir motivado por sua jornada. No fim, um spin-off de grande acerto para a franquia.
Nota: ★★★★☆
Ficha técnica:
Direção: Len Wiseman, roteiro: Shay Hatten, elenco principal: Ana de Armas, Keanu Reeves, Ian McShane, e outros. A data de estreia no Brasil é 5 de junho de 2025.
*Sob supervisão de Cyntia Fonseca