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Exposta na web, Klara Castanho desabafa: 'Fui estuprada'

Atriz foi atacada nas redes sociais e decidiu contar sua versão dos fatos

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 26 de junho de 2022 - 09:32
Atriz Klara Castanho
Atriz Klara Castanho -

Após horas sendo um dos assuntos mais comentados no Twitter, a atriz Klara Castanho resolveu, ontem (26), revelar a sua versão dos fatos em uma carta aberta no Instagram. A atriz de 21 anos revelou que gestou uma criança após ser estuprada e a entregou para a adoção.

Os boatos começaram com a apresentadora Antonia Fontenelle, que disse em uma live que "uma atriz global de 21 anos teria engravidado e doado a criança para adoção". "Ela não quis olhar para o rosto da criança", afirmou Fontenelle.

Mesmo não tendo seu nome citado, os internautas imediatamente associaram a versão contada por Antonia Fontenelle à atriz. Após a declaração repercutir, dezenas de internautas criticaram Klara Castanho e apontaram "falta de responsabilidade" da artista. Mesmo sem terem certeza do que aconteceu, ela foi julgada e atacada.

Na carta aberta, Klara conta que não fez boletim de ocorrência na ocasião por se sentir envergonhada e culpada. "Tive a ilusão de que se eu fingisse que isso não aconteceu, talvez eu esquecesse, superasse. Mas não foi o que aconteceu. As únicas coisas que eu tive forças para fazer foram: tomar pílula do dia seguinte e fazer alguns exames", conta. "Somente a minha família sabia o que tinha acontecido."

Meses depois, segundo seu relato, ela começou a se sentir mal e, em meio a exames, descobriu a gravidez já em estágio avançado. "Foi um choque, meu mundo caiu. Meu ciclo menstrual estava normal, meu corpo também. Eu não tinha ganhado peso nem barriga", diz.

Violação também no hospital

Klara afirma que, durante uma consulta, foi obrigada pelo médico a ouvir o coração da criança, o que considerou uma nova violação.

"Naquele momento do exame, me senti novamente violada, novamente culpada. Em uma consulta médica contei ter sido estuprada, expliquei tudo o que aconteceu", diz.

Pela lei brasileira, Klara teria direito a fazer um aborto legal. A atriz afirma, no entanto, que tomou a decisão de fazer uma entrega direta para adoção. A entrega voluntária para adoção está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e permite que a mãe entregue o filho para adoção em um procedimento assistido pela Justiça.

De acordo com Klara, a criança nasceu poucos dias depois de a gravidez ser descoberta. Ela afirma que entrou em contato com uma advogada e fez todos os trâmites legais.

"Tudo que eu fiz foi pensando em resguardar a vida e o futuro da criança. Cada passo está documentado e de acordo com a lei", afirma.

Na carta, Klara conta ainda que, momentos após o parto, ainda sob efeitos de anestesia, foi abordada por uma enfermeira que ameaçou contar sua história a um colunista. "Quando cheguei no quarto, já havia mensagens do colunista, com todas as informações. Ele só não sabia do estupro. Eu conversei com ele, expliquei tudo o que tinha me acontecido." Ela não cita nomes e diz que foi procurada ainda por um outro colunista.

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