Caso Alexa: mulheres relatam dificuldades de terem o mesmo nome que assistente da Amazon

Em 2014, a Amazon lançou a Alexa, que seria uma espécie de robô, ou uma assistente virtual, acionada por comando de voz e que realiza as ações que as pessoas pedem. O projeto foi um sucesso e as vendas renderam bons frutos para a empresa. No entanto, segundo o jornal O Globo e o site O Olhar Digital, algumas mulheres se sentem incomodadas com a situação. Mulheres com o nome Alexa, por exemplo, são alvos de piadas e assédios sexuais por terem o mesmo da assistente virtual.

O Globo trouxe o tema traduzido após uma reportagem do jornal Washington Post, que reuniu relatos de mulheres com o nome Alexa. Muitas dessas mulheres contaram que já foram assediadas por homens que falam com elas como se tivessem dando uma ordem, como com a assistente virtual, levando para o lado do assédio sexual. "“Eles diziam: Alexa, me mande nudes, Alexa, me faça um sexo oral”, contou uma mulher que passou por casos como esse cinco vezes.

Muitas Alexas não ligam para a situação, mas outras iniciaram um movimento denominado “I am Alexa! Alliance” (Aliança Eu sou Alexa!) para tentar fazer com que a Amazon mude o nome da assistente para um nome 'não-humano' e, assim, desassocie o nome 'Alexa' desses tipos de problemas. Algumas das entrevistadas, inclusive, não podem falar seu nome em algumas ocasiões, como em reuniões virtuais, para não confundir a assistente virtual. Outras, são chamadas por outros nomes pelo mesmo motivo. 

A situação fez com que o registro do nome Alexa diminuísse em 2020 nos Estados Unidos. No ano da pandemia, cerca de 1.300 crianças foram registradas com esse nome, de acordo com o que foi divulgado pelo Departamento de Seguridade Social americano. No entanto, em 2015, esse número chegava a 6 mil crianças registradas com o nome.