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Artistas celebram inclusão do funk brasileiro como categoria do Grammy Latino

Grammy Latino é uma das principais premiações de música do mundo

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 20 de julho de 2021 - 17:05
Fãs levantaram hashtag em homenagem à Anitta após a conquista
Fãs levantaram hashtag em homenagem à Anitta após a conquista -

Diversos artistas brasileiros celebram a inclusão do funk na categoria de Música Urbana do Grammy Latino, uma das principais premiações musicais do mundo. A Academia Latina da Gravação atualizou na segunda-feira (20) o entendimento sobre música urbana para a edição de 2021 do prêmio e incluindo o gênero funk brasileiro entre os que compõem o conceito.

O site da premiação explicou que entende por "fusão/interpretação urbana" o seguinte: São gravações, vocais (apenas singles ou faixas) que foram gravadas por artistas solo, duetos ou grupos (individuais ou em colaboração) apresentando uma gravação de caráter urbano (incluindo subgêneros como rap, reggaeton, hip hop, R&B, funk brasileiro, trap, dancehall etc).

Nas redes sociais, fãs comemoraram a inclusão do gênero e o termo "Você venceu, Anitta", foi um dos mais citados no Twitter. A cantora teve um papel fundamental para a conquista nacional. Em 2016, Anitta conquistou sua primeira indicação na categoria Melhor Fusão/Performance Urbana do Grammy Latino, com “Pra Todas Elas”, ao lado de DJ Tubarão e Maneirinho. Desde 2018, ela concorreu anualmente nas categorias urbanas, passando também por Melhor Música Urbana e Melhor Álbum de Música Urbana.

O funk brasileiro, oriundo das favelas do Rio, começou a ganhar destaque a partir dos anos 70 e conquistou o Brasil nas décadas seguintes. O músico Buchecha, que teve projeção nacional na década de 90, cantando o subgênero funk melody, celebrou a inclusão da categoria no Grammy Latino.

"Nunca imaginei que eu pudesse um dia contemplar essa maravilha! Todo avanço que temos alcançado é fruto de muito trabalho e dedicação de todos nós funkeiros, tanto para a galera atual quanto para mim e para todos de minha geração", disse.

Tati Quebra Barraco, uma das primeiras mulheres a cantar funk no Brasil, também comemorou e relembrou um episódio durante um show na Alemanha. "Foi no Palácio de Berlim. Estava cantando, e não tinha a reação de ninguém. Cantei, cantei e agradeci. Aí, sim, eles começaram a gritar. Mas eu não entendia nada. Então o tradutor pediu para eu voltar, porque eles queriam bis", disse.

Outro nome feminino importante do funk nacional, Valesca Popozuda celebrou o momento e pediu que haja paridade nas indicações. "O funk de um estúdio na favela tem o mesmo valor que o funk feito em uma grande gravadora. Espero que sejam justos nas escolhas", afirmou.

O DJ Dennis disse esperar que o funk cresça cada vez mais pelo mundo.

"Sempre falei que o funk seria mundial. Não sei quando vai chegar este momento. Pode ser um ano, dois anos, dez anos. Mas que vai chegar, vai. Já imaginava assim. Porque é contagiante. Os gringos sempre comentam que mesmo não entendendo a letra, é muito envolvente e contagiante", afirmou. 

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