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‘Kapitu é sujeira brilhante’

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 03 de julho de 2015 - 14:07
Foto: Divulgação

Por Luiz Antonio Mello - jornalista convidado

A ‘Kapitu’ lotou o Teatro Popular Oscar Niemeyer para o lançamento de seu segundo CD, ‘Vermelho’ e ao longo de uma 1h15min, fez um show bombástico. Acompanho a Kapitu desde a sua formação, em 2008 e o amadurecimento é nítido. Do primeiro CD, ‘Utopia’ (lançado em 2013), até ‘Vermelho’, o grupo tocou em várias cidades brasileiras sentindo o retorno das plateias. Penso que rock and roll se aprende nos palcos, nas ruas e a Kapitu está entre as bandas que mais se apresentam no país. Musicalmente o som me surpreendeu, causando a impressão de que ouvia um CD.

Na formação, Yuri Corbal (guitarra e voz), Jahba (guitarra), Iran Guimarães (baixo) e Rafel Marcolino (bateria), Kapitu contou ainda com a preciosa participação especial da cantora Lis Vanelle (ela também canta no disco). A maioria das músicas compostas por Yuri Corbal em parceria com Benito Corbal, fala direto com os anseios, desejos, sonhos e angústias da sua geração.

Em 2013, escrevi no site da banda algumas reflexões que mais do que nunca se mantém atuais: “A banda investiu pesado em instrumentos, equipamentos, mas acima de tudo (e é aí que mora o macete) pesou a mão nas cabeças. A qualidade e densidade das letras surpreendem porque não tem nhém nhém nhém. Os versos são dardos muito precisos que mantém com as músicas uma simbiose rara. Raríssima, a meu ver. Sinceramente, quando ouvi a banda pela primeira vez fiquei esperando a hora do óbvio, do lugar comum, o que, felizmente, não apareceu.

Dizem que o mercado anda meio burro. Não creio. O mercado está lá, na dele, esperando o Novo. Novo com N maiúsculo. Para pegar e atirar nos braços das massas sedentas também pelo novo, mas com ingredientes básicos que podemos chamar de sujeira brilhante do som. Taí, sujeira brilhante. Assim podemos definir o som da Kapitu, que cheio de coragem não teme os volumes, os graves, os agudos, as platéias em todos os lugares onde estão passando. Como tem que ser com uma autêntica banda de Rock.

Neste domingo vou apresentar o novo CD da Kapitu em meu recém criado programa de rádio, o “Cafofo do LAM”, na super Rádio Cult FM Ponto Com que fica em http://www.radiocultfm.com/ . O programa começa pontualmente as 23h e nele falarei sobre a banda, a sua história de suor, estrada, rock, blues, paixões largadas ao vento, muita vivência. Tocarei duas músicas que não direi quais são para não estragar a surpresa.

Kapitu realmente mostrou ao que veio. O show foi uma aula de rock and roll autêntico que há muito não ouvia da chamada “nova safra de bandas”. E o público reagiu coerentemente aplaudindo de pé os músicos no final. Demais!

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