Ex-catadores do Lixão de Itaoca estão na miséria

A CPI dos Lixões ouviu, ontem, as lideranças dos catadores
Foto: Divulgação/ Iara PinheiroCatadores do Lixão de Itaoca, em São Gonçalo, estão vivendo na miséria, pois não há um plano de desenvolvimento econômico, que gere inclusão social na localidade, após seu fechamento oficial em 2012. A afirmação partiu de lideranças do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis, que compareceram, ontem, à audiência pública convocada pela CPI dos Lixões da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
“Queremos dar sequência ao fechamento de alguns lixões, mas garantindo a inclusão econômica desses trabalhadores. A maior preocupação é com os aterros que já fecharam sem essa inclusão, ferindo a Política Nacional dos Resíduos Sólidos”, disse o coordenador do MNCR, Alexandre Freitas.
Um desses casos é o do lixão de Itaoca, no município de São Gonçalo, desativado em 2012. “Os catadores de lá vivem na miséria, fecharam o lixão e não deram outra fonte de renda para essas pessoas. O Governo Federal e a Prefeitura prometeram construir 2.100 casas para os catadores da região, mas até hoje nenhuma construção foi feita”, contou Adeir Albino da Silva, ex-catador do lixão de Itaoca.
O presidente da CPI, deputado Dr. Sadinoel (PT), disse que vai agendar uma visita técnica ao local. “Ainda essa semana vou marcar uma reunião extraordinária para deliberar sobre a visita, quero fazer isso com urgência, a situação na região está grave e precisamos conversar com essas pessoas”, afirmou o parlamentar. O deputado Dr. Julianelli (PSol) também esteve presente à reunião.