Brasil cria sistema nacional para localizar desaparecidos
Cerca de 200 mil pessoas somem por ano no país

Para criar um sistema nacional de buscas integrado e desenvolver ações conjuntas para sistematizar procedimentos, comunicações e registros de notícias de pessoas desaparecidas ou vítimas de tráfico humano, com cruzamento de dados, foi assinado ontem acordo de cooperação para a criação e expansão do Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid). O acordo foi feito entre o Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Segundo estimativa do MP, cerca de 200 mil pessoas desaparecem por ano no país.
A gestão técnica do sistema será feita pelo Ministério Público do Rio, que implantou, em 2010, o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (Plid).
Segundo o coordenador do Plid-RJ, André Luiz de Souza Cruz, o Ministério Público de São Paulo adotou o sistema em 2013 e o do Amazonas em 2015.
“Cada ministério público tem uma unidade do programa e trocamos informações em tempo real. Então, no momento em que se registra o desaparecimento de uma pessoa em outro estado, temos como localizar essa pessoa aqui”
De acordo com Cruz, a iniciativa consiste em complementar o Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos não apenas registrar os desaparecimentos, funcionando como um mecanismo de busca das pessoas.
“Existem fluxos migratórios do Norte e Nordeste para o Rio e São Paulo e vice-versa. Então, não faz sentido manter essa busca em um único local sem troca de informação. O que faz as pessoas desaparecerem com muita frequência é a falta de fazer com que a informação circule”, disse.
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