Sequestrador de ônibus era de bairro marcado pela violência em São Gonçalo

Willian Augusto da Silva, o homem que parou, literalmente, o Rio de Janeiro, ao sequestrar um ônibus da Viação Galo Branco, com 37 passageiros, na manhã dessa terça-feira (20), poderia passar despercebido, como mais um entre os milhares de moradores do Jardim Catarina,  em São Gonçalo. Ao contrário do que se imaginava, não constam passagens dele pela polícia, segundo levantamentos de sua ficha criminal. Os familiares o descreveram como um jovem que vivia no isolamento, tinha quadro de depressão e apresentava problemas psicológicos.
 

Estado de choque - A mãe do sequestrador, Renata Paula da Silva, ficou em estado estado de choque na Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSGI), conforme informaram policiais. A mãe, ao saber do que se passava, ao ter sido informada pelo próprio filho, procurou primeiro o 7º BPM (São Gonçalo), onde se apresentou e pediu desculpas. Ela se disse chocada com o que aconteceu e disse que não esperava nada do gênero. Segundo familiares, William, apesar de ser do Jardim Catarina, um bairro marcado pela violência, com confrontos quase que diários entre traficantes e a polícia, nunca se envolveu com nada errado ou criminosos do local.

Um parente de Willian Silva, ainda na Ponte Rio-Niterói, disse que o rapaz estava em depressão, apresentava sinais de isolamento e passava muitas horas na internet. "Ele acordava cedo para ajudar o pai, que era padeiro, mas ficava muitas horas na internet. Creio que tudo que arquitetou, ele aprendeu na internet. Nós temos que tomar muito cuidado com as pessoas, com esse isolamento", disse.

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