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Polícia Civil 'caça' bonde de 2N no Complexo do Salgueiro

Megaoperação foi iniciada na madrugada desta quinta

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 29 de novembro de 2018 - 09:07
Megaoperação foi iniciada na madrugada desta quinta
Megaoperação foi iniciada na madrugada desta quinta -

A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, em parceria com o Comando Conjunto e o Ministério Público do Rio, deflagrou, nesta quinta-feira (29), uma megaoperação no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, para combater o tráfico de drogas. Com duração de um ano e três meses, a investigação identificou grande parte do núcleo da quadrilha de traficantes, que atua em diversas comunidades que compõem o complexo e tornou-se o principal braço de uma facção criminosa fora do município do Rio.

As investigações, que contaram com o apoio da 2ª Central de Inquéritos do Núcleo de São Gonçalo, apontam o Salgueiro como entreposto de armas e drogas para comunidades dos municípios de São Gonçalo, Niterói, Itaboraí, Magé, Cachoeiras de Macacu e Região dos Lagos. Os bairros de Gebara, Boaçu, Carobinha, Mutuapira, Colina, Jockey, Papucaia e Unamar estão entre os locais para onde os criminosos expandiam seu domínio territorial.

Segundo os investigadores, as drogas “endoladas” (acondicionadas) no local eram posteriormente distribuídas para outras comunidades que compõem as ramificações do crime na região, transformando a atividade em verdadeiros modelos de “franchising do tráfico”.

Verificou-se, ainda, que a incidência de crimes em São Gonçalo está intimamente ligada ao fortalecimento dessa organização criminosa na cidade, já que a atuação desses traficantes não se restringe ao comércio ilícito de entorpecentes, mas também à prática de roubos de veículos, roubos de cargas e ameaças, entre outros.

O tráfico local é liderado por Thomas Jhayson Vieira Gomes, vulgo “2N” ou “Neném”, um dos traficantes mais procurados do Rio de Janeiro. Ele foi indiciado e denunciado pelos crimes de associação para o tráfico de drogas, porte ilegal de arma de uso restrito e tráfico de drogas (três vezes), o que pode somar penas de mais de 60 anos de prisão.

Durante as investigações, foram monitorados alguns fornecedores de armas e drogas para a facção criminosa, entre eles o narcotraficante Marcelo Pinheiro Veiga, vulgo “Marcelo Piloto”, que estava preso no Paraguai e foi deportado para o Brasil no dia 19/11.

Foi por meio dessa investigação que as forças de segurança do Rio de Janeiro conseguiram realizar a prisão do narcotraficante no distrito de Encarnacion, com o apoio da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai) e da DEA (Drug Enforcement Administration, órgão americano de combate às drogas). O trabalho policial evidenciou o papel de “Marcelo Piloto” como traficante internacional e principal fornecedor de armas para a facção.

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