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Briga entre irmãos termina em tragédia no Mutondo

Irmã dos homens assistiu ao crime e contou como tudo aconteceu

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 18 de setembro de 2018 - 16:32
Tragédia aconteceu após uma briga por conta de uma obra
Tragédia aconteceu após uma briga por conta de uma obra -

Por Renata Sena

“Cara, você está me matando!”, com o corpo ensanguentado depois de levar cinco tiros disparados pelo próprio irmão, essas foram às últimas palavras do comerciante Jorge Luiz Santos Oliveira, o China, de 52 anos. Ele foi assassinado com cinco tiros nas costas durante uma discussão por causa de uma obra no quintal da família.

O caso aconteceu, na noite da última segunda-feira, na Rua Vera de Almeida, em frente as casas dos irmãos, no Mutondo, em São Gonçalo. A vítima, que era proprietária de um cicle no Laranjal, também em São Gonçalo, chegou a ser socorrida por uma irmã, e foi encaminhada para o Hospital Estadual Alberto Torres, no Colubandê, mas não resistiu aos ferimentos e morreu antes de chegar a unidade de saúde. O irmão da vítima e autor do caso, um segurança, de 48 anos, fugiu após cometer o crime.

“Ele ainda debochou. Saiu com a arma na mão e falou rindo para ninguém socorrer o irmão”, contou emocionada Maria Luiza Santos, de 55 anos, irmã dos envolvidos na tragédia familiar.

Maria Luiza viu o caso e contou, com exclusividade, para a equipe de OSG como tudo aconteceu. “Ele já tinha ameaçado meu irmão, e o China não acreditou. A gente estava no portão quando eu escutei os tiros. Foram vários. Eu pensei em me jogar na frente dos tiros, mas depois corri para cima dele e preferi tentar desarmar. Foi tudo muito rápido. Sangrando muito, ele disse que o irmão estava matando ele e saiu andando. Andou uns 200 metros e caiu. Foi desfalecendo. Agora sei que ele praticamente morreu nos meus braços. Mas na hora, não entendi e corri para salva-lo. Eu levei ele para o hospital, mas não deu tempo”, narrou a irmã, que além de comerciante, atua como missionária e comparou o caso com uma passagem bíblica. “Parece que eu vi Caim matando Abel”.

Segundo familiares e amigos, China era um homem bom, respeitoso, brincalhão e muito trabalhador. Já o autor do caso foi descrito por várias pessoas, como um homem explosivo e descontrolado. Casado há mais de 18 anos e pai de três filhos do coração e outros três de sangue, China herdou o talento para o comercio do pai, e acabou seguindo o mesmo caminho cuidando do cicle da família.

“O irmão que está foragido já tinha ameaçado outros familiares e era uma pessoa complicada. Ele no fundo tinha inveja do irmão, que era uma pessoa querida por todos”, contou um familiar.

Muito abalada, a viúva de China só pede por justiça e aguarda que a polícia chegue ao paradeiro do homem, que fugiu com a arma do crime. O corpo foi liberado do Instituto Médico Legal (IML) de Tribobo, no início da tarde desta terça-feira e levado para uma capela do Cemitério São Miguel, no bairro de mesmo nome, em São Gonçalo, onde será sepultado no início da tarde de amanhã.

Investigação - O caso inicialmente foi registrado na central de flagrantes da delegacia de Alcântara (74ª DP), mas já foi encaminhado para a Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo.  

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