Acusados de mortes em São Gonçalo ainda aguardam julgamento

Por Renata Sena e Alan Emiliano

Um ano após receber o benefício concedido pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) de responder em liberdade, Simone Gonçalves de Resende, de 47 anos, acusada de ser a mandante de um triplo assassinato de uma família do Barro Vermelho, em São Gonçalo, segue livre e o crime permanece sem condenação. O advogado Wagner Salgado, de 42 anos, foi executado com a esposa, Soraya de Resende, 37; e a filha, Geovanna Resende, de 9 anos; dentro do apartamento em que moravam. Familiares e amigos aguardam o desfecho da investigação. O caso segue em sigilo de Justiça.

Simone, irmã de Soraya, foi presa, em março do ano passado, por policiais da 124ª DP (Saquarema), em Mimoso do Sul, no Espírito Santo. Além dela, outras três pessoas são acusadas de participarem do crime. Matheus Resende Khalil, filho de Simone, é o acusado de ter atirado na filha do casal. Além dele, Diego Moreira da Cunha é acusado de ter levado os executores até o local do assassinato e Gabriel Botrel de Araújo Miranda é suspeito de ter sido contratado por Simone para ser o principal executor do triplo assassinato, que ocorreu em 17 de fevereiro do ano passado. O irmão gêmeo de Matheus, Lucas Resende, também é acusado de participação no crime.

Em agosto de 2017, Simone e os outros acusados de participarem da morte da família tiveram o benefício de responder em liberdade pelo crime. De acordo com a investigação realizada pela Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG), responsável pelo caso, a motivação do crime teria sido uma herança de bens no valor estimado de R$ 7 milhões, disputada judicialmente pela família desde 1996.