PMs condenados por morte da juíza Patrícia Acioli voltam ser julgados

Por Thuany Dossares

Já condenados por participarem do assassinato da juíza Patrícia Acioli, em agosto de 2011, três ex-policiais militares voltarão a sentar no banco dos réus. Dessa vez, eles são acusados de executarem o morador do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, Diego da Conceição Belieni, dois meses antes da morte da magistrada.

Carlos Adílio Maciel Santos, Sammy dos Santos Quintanilha Cardoso e Jovanis Falcão Júnior irão a júri popular, no próximo dia 27, no 1º Tribunal do Júri do Rio. Outros dois ex-PMs também serão julgados em 13 de setembro.

A juíza, que na época era responsável pelo processo em andamento no Tribunal do Júri de São Gonçalo, recebeu a denúncia sobre a morte de Diego e decretou a prisão preventiva dos PMs, que integravam o Grupo de Ações Táticas (GAT) do 7ºBPM (São Gonçalo) e estavam envolvidos no caso. O pedido de prisão aconteceu em agosto de 2011, dias antes da magistrada ser executada.

Na ocasião, Patrícia constatou indícios de execução no relato de auto de resistência, que resultou na morte de Diego, através de depoimentos prestado por um dos réus que contribuiu para esclarecer o crime.

Os processos foram transferidos de São Gonçalo para o Fórum Central do Rio.

Recordando - Diego Belieni foi baleado numa das pernas durante operação de policiais do Grupamento de Ações Táticas (Gat) do 7ºBPM (SG), na madrugada de 3 de junho de 2011, quando havia ido até a esquina de sua rua olhar a mãe que saía para visitar a irmã num hospital.

No último dia 11 completaram sete anos do assassinato de Patrícia Acioli, executada com 21 tiros, na porta de sua casa em Camboinhas, na Região Oceânica de Niterói. Ela era titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo e julgava homicídios, entre eles autos de resistência em ocorrências de PMs.