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Mulheres de traficantes levam vida de 'patroa' em Niterói

Em muitos casos, elas são elo de comunicação do tráfico

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 13 de agosto de 2018 - 10:51
Em muitos casos, elas são elo de comunicação do tráfico
Em muitos casos, elas são elo de comunicação do tráfico -

Por Thuany Dossares

Apontada pela polícia como a ‘Primeira-Dama’ do tráfico de drogas de Niterói, Monique Pereira de Almeida, esposa do homem acusado de  chefiar das atividades criminosas do Morro do Cavalão, em Icaraí, levava uma verdadeira vida de madame da Zona Sul. 

Ela foi presa na última quarta-feira, durante uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, e da Polícia Federal. Monique é acusada de ser a responsável pela comunicação entre seu marido, Reinaldo Medeiros Ignácio, o Kadá, que está preso no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, e seus ‘soldados’ no Morro do Cavalão. 

De acordo com as investigações, Monique do Kadá, como também era conhecida, tinha uma vida luxuosa financiada pelo comércio de entorpecentes da comunidade. Ela frequentava quase que diariamente salões de beleza, fazia cirurgias plásticas e tratamentos estéticos e comprava roupas de grifes, além de comprar diversas passagens aéreas para fazer viagens caras. 

A primeira-dama ainda pagava com o dinheiro do tráfico as despesas de sua casa em Niterói e do seu apartamento alugado próximo à penitenciária em Mossoró-RN. Monique frequentava o presídio várias vezes e todas as vezes, viajava de avião para o nordeste. 

Durante o monitoramento de escutas telefônicas, a polícia flagrou uma conversa entre dois gerentes do tráfico do Cavalão, em que eles falavam que teriam que dar R$ 50 mil, oriundos da venda de drogas, para a esposa de Kadá

Segundo a denúncia do MP, Monique aproveitava as visitas para anotar as ordens de Kadá a respeito da administração das atividades criminosas do Cavalão e as repassava para o restante da quadrilha. E também organizava  as festas do tráfico.

Esposa de ‘Pão  com Ovo’ viajava de avião com frequência

Monique não foi a única esposa de um ‘chefão’ do tráfico de Niterói que acabou atrás das grades por auxiliar o marido nas atividades criminosas. Em agosto do ano passado, a mulher de Luiz Claudio Gomes, o ‘Pão com Ovo’ - líder do comércio de drogas da Favela Nova Brasília, na Engenhoca, Zona Norte de Niterói - Angela Cristine Polisseni, a Princesa, foi presa por policiais da 78ªDP (Fonseca).
 

Angela também levava uma vida de madame graças ao dinheiro oriundo do tráfico e foi capturada em seu apartamento de luxo em Icaraí, na Zona Sul. Assim como Monique, Angela também é acusada de ser o elo do marido, que está preso, com os traficantes, já que ela possuía contato direto com ele no presídio.

Segundo a polícia, a Princesa tinha motorista particular para dirigir seu carro Kia Sportage, de mais de R$ 90 mil, personal trainer, e frequentava os mais caros salões de beleza, lojas de grife e restaurantes da alta sociedade niteroiense.

De acordo com as investigações, o tráfico de drogas da Nova Brasília movimentava cerca de R$ 1 milhão por mês. Com esse dinheiro, a organização criminosa dava para Princesa R$ 12 mil por semana para ela gastar com seus luxos e vaidades.

Mas não era só em Niterói que a esposa do traficante ostentava. Somente em 2017, ela fez 13 viagens e entre os destinos, estavam o Caribe, em Cancún, no México, e o litoral de Fortaleza, no Ceará.

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