Operação em Itaboraí faz prisões de dez acusados de integrar 'robauto'

Dez mandados de prisão e dezessete mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã de hoje, com dez armas apreendidas e farta quantidade de drogas apreendidas, durante uma mega operação da Polícia Federal, no Complexo da Reta, em Itaboraí.

Depois de seis meses de investigações, a polícia desencadeou a Operação Caminho Curto, com apoio das forças especiais da Polícia Militar, Batalhão de Operações Policiais Especiais-BOPE, Batalhão de Choque e Grupamento Aeromarítimo-GAM, com o objetivo de reprimir o tráfico de drogas e o roubo de cargas no Complexo das Retas (Reta Velha e Reta Nova).

Durante as investigações, a PF constatou que cerca de R$ 300 mil, proveniente de lucro com o roubo de carga e o tráfico de drogas, seria revertido para a compra de pistolas, da marca Glock. O mesmo armamento utilizado pelos policiais civis e federais no Estado do Rio de Janeiro.

Para o delegado Henrico Zambrotti, chefe de operações da PF em Niterói, o que tem capitalizado o crime mais rapidamente é a facilidade para vender produtos roubado.

“Quem compra esses produtos não são as pessoas de comunidades. As cargas roubadas são compradas por comerciantes estabilizados, que fazem anúncios em mídia. Eles não querem os roubos a cargas deles, mas compram os produtos roubados”, explicou o delegado, acrescentando que o roubo de carga não é mais lucrativo que o tráfico, mas é mais fácil e rápido na produção de lucro.

O principal líder da facção criminosa que atua na região foi transferido em maio de um presídio federal de volta ao sistema penitenciário do Estado do Rio de Janeiro e está entre os alvos da operação. Contra ele também foi cumprido um mandado de prisão.

A região do Complexo das Retas, além da forte presença do tráfico de drogas tem elevado índice de roubo de cargas, em razão da proximidade com importantes rodovias de escoamento de produtos e suprimentos no Estado.