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Polícia investiga atuação de milícia em Visconde, Itaboraí

Criminosos estariam extorquindo moradores e comerciantes

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 29 de junho de 2018 - 07:09
As duas mortes teriam relação com a disputa no município
As duas mortes teriam relação com a disputa no município -

Por Daniela Scaffo

A Polícia Civil investiga uma milícia que atua no bairro Visconde, em Itaboraí. Segundo as apurações iniciais, moradores e comerciantes do bairro estão sendo cobrados pelo serviço de segurança na região. Para que consigam o pagamento periódico da ‘mensalidade’, os integrantes da milícia, conhecida como Bonde dos Carecas, aterrorizam os moradores da região.

As investigações da Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNISG) apontam que cada comércio é obrigado a pagar cerca de R$200 semanais, enquanto os moradores entregam R$50 nas mãos do grupo. Serviços como gás e internet também são feitos apenas pelo grupo, segundo a polícia.

Ainda conforme as investigações, o grupo de milicianos atua desde 2017, quando assumiu o território antes ocupado pelos traficantes. A ‘luta’ pelo espaço pode ter sido fomentada em 2016, depois que os traficantes expulsaram alguns moradores e PMs que viviam na região.

A delegacia distrital, a 71ª DP (Itaboraí), também averigua a atuação da milícia no bairro.

“Estamos tento uma investigação de eventual conflito entra a suposta milícia de Visconde e o tráfico de drogas da comunidade da Reta”, explicou o delegado titular da 71ª DP, Vilson Almeida.

Na quinta-feira (21), dois homens foram assassinados a tiros, na Rua Simão Miguel, em Nancilândia, Itaboraí. Momentos depois, o Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) apreendeu um veículo conduzido por um PM que socorria um baleado para um hospital de São Gonçalo, na RJ-104, na altura de Jardim Catarina.

No dia do crime, populares denunciaram que a morte teria ligação com um grupo de milicianos da região. O PM, lotado no 4° BPM (São Cristóvão), conduzia um Logan, de cor cinza, que era clonado e possuía marcas de sangue no porta-malas. No carona, estava outro homem. Os dois foram presos e são investigados.

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