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Possível guerra entre tráfico e milícia deixa dois mortos em Itaboraí

Crime aconteceu na noite de quinta-feira

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 22 de junho de 2018 - 08:56
Polícia investiga se as duas mortes em relação com disputa
Polícia investiga se as duas mortes em relação com disputa -

Por Daniela Scaffo

A Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNISG) investiga a morte de dois homens, que foram assassinados a tiros, no início da tarde de ontem, na Rua Simão Miguel, em Nancilândia, Itaboraí. Momentos depois, o Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) apreendeu um veículo conduzido por um PM que socorria um baleado para um hospital de São Gonçalo, na RJ-104, na altura de Jardim Catarina. A polícia apura se os casos têm ligação.

Segundo moradores de Nancilândia, uma vítima não identificada teria sido alvo de disparos há poucos metros do local do crime. O homem foi socorrido ainda com vida por Robson Lagoas Ribeiro, de 22 anos, que usava um veículo Fiat Siena, de cor prata.

Robson e o outro jovem foram perseguidos por suspeitos que usavam um veículo não identificado. Foram efetuados diversos disparos em direção ao Fiat Siena onde estavam as vítimas. O condutor foi atingido, acabou perdendo o controle do carro e bateu em um muro.

Os homens não resistiram aos ferimentos e morreram no local. Populares acreditam que a morte tenha ligação com um grupo de milicianos que está dominando a região.

"Perdi meu filho único, de 16 anos, há cerca de dois meses. Ele foi encontrado em Porto das Caixas, após ser executado por milicianos. Esse caso, com certeza, também tem ligação com a milícia. Depois que os jovens bateram no muro, os atiradores ainda terminaram de executá-los", disse um morador, que preferiu não ser identificado.

O delegado da DHNISG disse que ainda é muito cedo para apontar a linha de investigação.

Prisão - Momentos depois do crime, policiais do BPRv realizavam um patrulhamento de rotina na RJ-104 quando, na altura de Jardim Catarina, suspeitaram de um Logan, de cor cinza, com marcas de sangue no porta-malas.

Ao realizarem a abordagem, os PMs descobriram que o carro era conduzido por um policial militar, lotado no 4° BPM (São Cristóvão), que estava socorrendo um homem baleado de Itaboraí para o Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê. 

Na 74ª DP (Alcântara), onde o caso foi inicialmente registrado, o PM contou que o carro era emprestado e que um amigo teria pedido para socorrer o baleado. No hospital, foram encontrados dois carregadores de pistola e um coldre vazio em posse do ferido. Ele está custodiado e responderá por porte ilegal de arma de fogo.

Já o PM foi encaminhado para a Divisão de Homicídios e também responderá na Delegacia de Polícia Judiciária (DPJ). Há suspeitas de que o carro que o militar estava usando era clonado. 

A perícia foi realizada no veículo para descobrir de quem era o sangue que estava no porta-malas do veículo. Também foram colhidas impressões digitais do PM, que era um dos investigados pela Operação Calabar.

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