Contravenção se associa à venda de cigarros em São Gonçalo e Niterói

A Polícia Federal está ‘de olho’ em uma atividade que cada vez mais vem atraindo novos ‘investidores’ no submundo da criminalidade em função dos lucros que podem ser obtidos: a venda clandestina de cigarros. Segundo investigações em andamento pelo órgão, em parceria com setores de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado, contraventores ligados ao jogo do bicho vem investindo cada vez mais na atividade, e a exemplo do que já fazem com as máquinas caça-níqueis’, criaram até um selo de controle.

As normas teriam sido adotadas para conseguir organizar a venda e também especificar quem são os ‘donos’ das mercadorias. Dessa forma, os compradores para a revenda no varejo só podem adquirir o produto com o novo selo, neutralizando assim, a ação da ‘concorrência’. E as mercadorias que a contravenção escolheu vêm do Paraguai, segundo as investigações.

Já existem levantamentos que mostram a distribuição dos cigarros para ambulantes que atuam no centros comerciais de Niterói, do Alcântara e do Centro de São Gonçalo, além de diferentes bairros do Rio e de cidades da Baixada Fluminense.

Contrabando - Segundo levantamentos de empresas especializadas, três em cada dez cigarros consumidos no Brasil são contrabandeados. Os produtores ilegais usam tabaco e componentes de qualidade inferior. A maior parte vem do Paraguai. País que produz 60 bilhões de cigarros por ano e só consome 5% disso.

Grande parte do excedente vem para o Brasil escondida em caminhões, na bagagem de ‘sacoleiros’ ou em balsas que cruzam a fronteira. E a competição é desleal. Os tributos sobre o cigarro chegam a 65% do preço final no Brasil. As empresas paraguaias pagam 10%. E, claro, não arcam com impostos para vender seus produtos aqui, já que tudo acontece clandestinamente.