Motorista de Uber assassinado em Niterói é sepultado em São Gonçalo

Por Thuany Dossares, Daniela Scaffo e Samara Oliveira

Trabalhando há apenas três meses como motorista do aplicativo de transporte Uber, David Francis Silva Soares, de 38 anos, que foi encontrado morto na noite de quarta-feira, na Engenhoca, Zona Norte de Niterói, atuava também como operador de telecomunicações. Segundo familiares da vítima, o homem fazia os serviços de motorista para complementar renda.

O cunhado de David, que preferiu não se identificar, contou que o motorista não costumava pegar corridas em Niterói ou São Gonçalo. Ele teria saído de casa de manhã, para levar a esposa ao trabalho, no Centro do Rio, e iria rodar pelo município.

“Nós não temos uma definição de fato do que houve. A gente ficava muito tranquilo em relação ao meu cunhado fazer serviços de Uber, porque ele nunca entrava em comunidades e favelas. Ele sempre recusava essas corridas”, disse.

O último acesso de David ao aplicativo do WhatsApp foi por volta das 14h30. A família só recebeu a informação de que o motorista foi encontrado morto às 18h30. A vítima era moradora de Itaúna, em São Gonçalo, casada há quase 10 anos e não deixa filhos. O corpo foi sepultado no Cemitério Parque da Paz, no Pacheco, em São Gonçalo, no fim da tarde de ontem.

Suspeito -     . O motorista foi encontrado morto no banco traseiro do Cobalt branco, LTI-7483, na Engenhoca. O veículo foi abandonado na Rua Doutor Afonso Pena, na altura do número 46, por volta das 17h.

De acordo com a apuração da DH, o motorista do carro teria entrado na Rua São Januário, no Fonseca, mas sem saber que se tratava de uma área de risco, não abriu os vidros, nem ligou o alerta do carro, como manda a ‘cartilha’ do tráfico. O não cumprimento da ordem teria feito com que bandidos do Morro da Palmeira, ligados à facção Terceiro Comando Puro (TCP), atirassem contra o automóvel.