Guerra entre milícia e traficantes de SG resulta em várias mortes na região

Mais de 100 pessoas terminaram detidas, quatro acabaram mortas e 40 armas, entre fuzis e pistolas, foram apreendidas durante uma megaoperação de combate a milícias, desencadeada pela Divisão de Homicídio da Baixada Fluminense (DHBF), em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, na manhã de ontem. No entanto, a ação de milicianos não é exclusividade das comunidades cariocas. A Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) também está investigando a atuação de grupos paramilitar na região.

De acordo com a apuração da especializada, pelo menos dois grupos estariam agindo atualmente, nas cidades de São Gonçalo e Maricá, e seriam os responsáveis por duas chacinas, que deixaram nove pessoas mortas nos últimos 18 dias.

Na semana passada, o soldado Julio Cesar Marreto de Oliveira, lotado no 7ºBPM (São Gonçalo), e o sargento do Comando de Polícia Ambiental (CPAM), Michel Leandro Duarte da Silva, foram presos, acusados de terem participado de dois crimes recentes, que terminaram com a morte de três jovens e de um senhor de 58 anos, e uma criança de apenas 2 baleada, nos bairros de Nova Cidade e Brasilândia, em São Gonçalo.

Os casos aconteceram na noite noite do último dia 19. A Divisão de Homicídios investiga se eles são integrantes da milícia de São Gonçalo, que age principalmente no Morro do Abacatão, no Boa Vista. A guerra entre esse grupo paramilitar e traficantes começou em meados de 2015 e já deixou mais de 25 pessoas mortas.

A DH também está investigando se um outro grupo de milicianos foi o responsável pela chacina de cinco jovens, dentro do condomínio Carlos Marighella, do programa federal “Minha Casa, Minha Vida”, em Itaipuaçu, Maricá, no último dia 25.