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PMs ajudam a realizar parto dentro de carro em Niterói

Bebê não 'esperou' chegar ao hospital

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 20 de outubro de 2017 - 08:44
Policiais do 7ºBPM fazem parto em Niterói .
Policiais do 7ºBPM fazem parto em Niterói . -

Thuany Dossares

“São anjos de farda que chegaram com a carruagem azul. Sempre perguntam ‘onde está a polícia quando a gente precisa dela?’. Está aí a resposta. A polícia está presente quando a gente precisa”, se emocionou o cabo PM Marcio Martins Silva, 41, que teve o parto do terceiro filho, Ariel, feito por seus colegas de farda do 7ºBPM (SG), dentro de um carro, na manhã de ontem, em Pendotiba, Niterói.

O sargento Julio Cesar Vianna e o soldado Jefferson Solano estavam baseados no bairro Amendoeira, quando um carro parou e a cuidadora de idosos Vanderleia de Souza Machado da Silva, 52, os abordou, por volta das 7h. Ela pediu que eles ajudassem a abrir o trânsito até a Maternidade São Francisco, na Zona Sul de Niterói, pois sua filha Renata Cristina de Souza Ferreira Costa, 34, grávida de oito meses, estava em trabalho de parto.

Os PMs seguiram na frente, mas Ariel não ‘esperou’ chegar até o hospital e ainda no caminho, na altura de Pendotiba, nasceu dentro do carro.

“O vizinho dela que estava socorrendo sinalizou para eu parar pois o bebê estava nascendo. A gente parou num posto de gasolina e ajudamos a avó no parto. Foi uma adrenalina imensa, mas uma emoção muito grande. Ela falou que estava em trabalho de parto, mas não imaginei que não ia conseguir chegar ao hospital. Em 15 anos de PM é a primeira vez que isso acontece. Passamos por tanta coisa difícil, mas isso nos levanta. Nossa missão é servir e proteger sempre, estamos aqui para atender a sociedade”, disse o sargento.

“Eu tenho uma filha de três anos e acompanhei minha esposa no parto. Hoje (ontem), mesmo não sendo o meu filho, senti a mesma emoção ao ver o Ariel nascendo e pegar ele no colo”, lembrou o soldado.

Após o parto, os PMs levaram mãe e filho para a Policlínica do Largo da Batalha. O pai de Ariel, que é lotado no Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), estava saindo do serviço, na Serra de Mato Grosso, na Região dos Lagos, quando recebeu a notícia. Segundo ele, o nascimento estava marcado para novembro.

“Eu sabia que ela estava a caminho do hospital, estava saindo do trabalho e ia direto para lá. Fui pego de surpresa com a ligação da minha sogra e do sargento dizendo que meu filho já tinha nascido. Meu filho foi muito esperado, é amado desde quando começamos a planejar a vinda dele. É um leão do Senhor, como diz o significado do nome”, disse.

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