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Acusado de atacar drag queen com foice em São Gonçalo é preso em Maricá

Jovem estava foragido da justiça

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 12 de outubro de 2017 - 07:55
Acusado de atacar drag queen é preso em Maricá
Acusado de atacar drag queen é preso em Maricá -

Acusado de atacar uma drag queen, de 19 anos, e um amigo dela, de 20, na Trindade, em São Gonçalo, Thiago Correa Faria, de 27 anos, foi preso, ontem, em Itaipuaçu, Maricá.

O crime ocorreu na madrugada do último dia 28 de setembro, e a prisão, na manhã de ontem, depois que agentes receberam denúncias sobre o paradeiro do jovem, que estava foragido da Justiça desde a manhã de terça-feira.

Em depoimento, Thiago confirmou parte da história contada pelas vítimas, porém alegou que tentou se defender de assédio das duas vítimas.

“Ele afirma que levou as duas vítimas para casa, mas disse que chegando lá, elas teriam tentado assediá-lo. Ela alega ainda que as vítimas pegaram um facão e para se defender, teria pegado uma a foice”, contou a delegada Carla Tavares, titular da delegacia e responsável pelo inquérito.

O acusado está com marcas de cortes na cabeça e no pescoço, segundo a delegada.

“Isso, no entanto, apensas confirma a versão, tanto do acusado quanto das vítimas, de que houve luta corpoal”, acrescentou a delegada.

Contra Thiago foi cumprido mandado de prisão temporária de 30 dias.

Delegacia vira referência em São Gonçalo

A 73ª DP (Neves) está se transformando numa delegacia referência para vítimas de ataques de homofobia, graças ao trabalho da delegada Carla Tavares.

“A equipe da 73ª está se tornando referência porque a população LGBT carece de gente que lute com a gente. Quando você vê uma delegacia disposta a abraçar a causa é muito importante. Isso é visto como uma sinalização. Mostra que crimes desse tipo não será mais tolerado. Nós éramos a Geni (fazendo referencia a música Geni e o Zepelim de Chico Buarque) da sociedade. Todo mundo podia tacar pedra. Mas já estamos enxergando uma mudança nessa relação”, disse Well Castilhos, fundador do Grupo Liberdade, que orientou as vítimas a denunciar o caso na distrital.

“Trabalhamos com total rigor em todos os casos. Mesmo não sendo na área da nossa distrital, a vítima tem direito a registrar em qualquer delegacia, e por ser da mesma região podemos prosseguir por aqui. Volto a dizer que as vítimas precisam perder o medo e denunciar", finalizou a delegada.

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